sábado, 23 de agosto de 2008

OS ELEMENTAIS

Os elementais são uma classe de seres espirituais que nós Umbandistas devemos conhecer.

Reproduzimos abaixo um capítulo do livro -
Mediunidade - de Edgard Armond que trata sobre o tema em questão.
Muito do assunto tratado foi redigido com subsídios retirados do livro "O Reino dos Deuses" de G.Hodson.

Nós que militamos na Umbanda mantemos muito sintonia com esses seres como vocês poderão verificar abaixo.

Neste orbe denso que habitamos, podemos traçar duas linhas demarcatórias, separando planos de atividades espirituais diferentes: a dos seres elementais e a dos espíritos humanos.

Esta demarcação é um simples recurso de objetivação do assunto, para facilitar sua compreensão, nada havendo de rígido, delimitado, no espaço, porque tudo no Universo se interpenetra e as separações desta espécie são sempre simplesmente vibratórias.

Assim, o plano da matéria física possui vibração mais lenta que o da matéria etérea e, dentro do mesmo plano, a mesma lei se manifesta, separando os sub-planos e assim por diante.

Cada plano é habitado pela população espiritual que lhe for própria, segundo o estado evolutivo e a afinidade específica vibracional de cada uma.

Também é sabido que entidades habitantes de um plano não podem invadir planos de vibração diferente, salvo quando de planos superiores, que podem transitar pelos que lhes estão mais abaixo.


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O PLANO DOS ELEMENTAIS

Os Elementais são seres singulares e misteriosos, multiformes, invisíveis, sempre presentes em todas as atividades da Natureza, além do plano físico.

São veículos da Vontade Criadora, potencializadores das forças, leis e processos naturais.

Sua existência é constatada por muitos e ignorada pela maioria.

Em síntese, podemos dizer que eles são os executores das manifestações do instinto entre os animais, levando-os a agir desta ou daquela maneira, sendo essa uma de suas mais úteis e interessantes tarefas.

Eles mesmos, cada um no seu gênero, são o instinto simples, natural, impulsivo, violento e expontâneo em ação.

Daí serem perigosos quando utilizados pelos homens no campo das paixões naturais, cuja exacerbação produzem a limites imprevisíveis.

Em muitos pontos, confundem-se com os deuses mitológicos e das religiões primitivas.

Geralmente são controlados e conduzidos por "almas grupo", designação ambígua que significa "elementos polarizadores", gênios da própria espécie.

Os povos antigos se referiram a eles no passado, e milhares os viram e ainda os vêem, quando são videntes, ou quando exteriorizados do corpo físico.

E farta é a literatura espiritualista que os noticia; e, no próprio Espiritismo, há referências sobre eles, que são, aliás, figuras vivas e familiares aos médiuns videntes e de desdobramento.

"Possuem um metabolismo intra-luminoso de grande velocidade; são transmissores de energias espiritualizantes para as substâncias dos planos inferiores da Natureza, no campo físico, e formadores das grandes correntes de energia reduzida, que utilizam como espíritos da Natureza.

"Os mundos etéreos, onde se manifestam, são formados de matéria rarefeita de maior ou menor densidade.

"Formam várias classes, cada uma delas com seus próprios habitantes, nos próprios planos, todos se interpenetrando, como no arco-íris, isto é: os de menor densidade interpenetrando os de densidade mais pesada.

"Atuam em diferentes planos: no físico, no emocional e no menta linferior, quando a forma predomina sobre a energia; no mentalsuperior e na vontade individual, quando predomina a vida e o ritmo, a se reduzindo à essência concentrada, formando os arquétipos.

"Todos os processos criativos, a saber: a criação, a evolução, a vivificação e a forma, são assistidos por hostes desses seres, que agem sob a vigilância de um ser maior, responsável, condutor,considerado, como já dissemos, o deus, o gênio da espécie.

Exemplo: o deus da montanha, o deus do mar, etc., como nas mitologias em geral.

"O ser elemental é vivo e vive no astral.

Segundo sua espécie,incorpora os pensamentos e as idéias dos homens e as executam como se fossem próprias.

Realizada uma, apropria-se de outra, que também executa e assim passam a atuar ininterruptamente, tornando-se perigosos por serem inconscientes, sem discernimento para distinguir o bem do mal.
São seres em início de evolução.

Encontram-se em toda parte: na superfície da terra, na atmosfera, nas águas, nas profundidades da sub-crosta, junto ao elemento ígneo.

Invisíveis aos olhares humanos, executam infatigável e obscuram ente um trabalho imenso, nos mais variados aspectos, nos reinos da Natureza, junto aos minerais, aos vegetais, aos animais e aos homens.

"A forma desses seres é muitíssimo variada, mas quase sempre aproximada da forma humana. O rosto é pouco visível, ofuscado quase sempre pelo resplendor energético colorido que o envolve.

"Os Centros de Força que, no ser humano são separados, nos elementais se juntam, se confundem, se somam, formando um núcleo global refulgente, do qual fluem inúmeras correntes e ondulações de energias coloridas, tomando formas de asas, braços, cabeças...

"Podem ser classificados em duas categorias gerais: os elementais fictícios e os naturais.

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AS LARVAS MENTAIS

Os primeiros são conhecidos como "larvas", criações mentais, formas pensamento, que exigem três elementos essenciais para subsistirem: uma substância orgânica, uma forma aparencial e uma energia vital.

Existem substâncias plásticas etéreas que permitem sua criação; a forma depende do sentimento ou da ação mental que inspirou sua criação e o elemento vital que os anima vem do reservatório universal da energia cósmica.

A vida das larvas durará na medida da energia mental ou passional emitida no ato da criação e poderá ser prolongada desde que, mesmo cessada a força criadora inicial, continuem elas a serem alimentadas por pensamentos, idéias, vibrações da mesma natureza, de encarnados ou desencarnados, existentes na atmosfera astral, que superlotam de ponta a ponta, multiplicando-se continuamente.

O ser pensante cria sempre, consciente ou inconscientemente, lançando na atmosfera astral diferentes produtos mentais.

A criação consciente depende do indivíduo sintonizar-se ou vibrar no momento, na onda mental que corresponde a determinada criação (amor,ódio, luxúria, ciúme, etc.) e por isso essa forma de criação raramente é normal, habitual, porque não é fácil determinar a formada larva que corresponde à idéia ou ao sentimento criador; mas, a vontade adestrada, impulsionando a idéia ou o sentimento, pode realizar a criação que tem em vista e projetá-la no sentido ou direção visada, para produzir os efeitos desejados.

A larva, quando é um desejo, uma paixão ou um sentimento forte, se corporifica, recebe vida mais longa que a larva simplesmente mental que, quase sempre, tem uma alimentação mais restrita, a não ser quando projetada por pessoa dotada de alto poder mental, ou por grupos de pessoas nas mesmas condições.

Os sacerdotes egípcios, por exemplo, criavam larvas para defenderem as tumbas dos mortos, animando-as de uma vida prolongada e elas se projetavam sobre os violadores de túmulos, provocando-lhes perturbações graves e até mesmo a morte.


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OS ELEMENTAIS NATURAIS

Quanto aos elementais naturais, eles formam agrupamentos inumeráveis compreendendo seres de vida própria, porém essencialmente instintiva que vão desde os micróbios, de duração brevíssima, até os chamados Espíritos da Natureza, que classicamente são agrupados nos Reinos, sob os nomes de gnomos (elementais da terra) , silfos (elementais doar) , ondinas (elementais das águas) e salamandras (elementais dofogo) e todos eles interessam aos trabalhos mediúnicos do Espiritismo.

Os elementais da terra se agrupam em numerosas classes: os da floresta, das grutas, da subcrosta, dos areiais, dos desertos, das planícies, das regiões geladas, etc., cada espécie desempenhando determinado trabalho, sob a supervisão de espírito desencarnado, trabalhos esses que vão desde a proteção de animais até a produção de determinados fenômenos naturais.

Os índios e aborígenes de várias regiões do globo mantém com eles relações estreitas: não derrubam mato nem iniciam suas estações de caça sem antes evocarem os gênios que presidem essas atividades: fazem suas evocações previamente batendo nos seus tambores sagrados,em meio a cerimônias bárbaras e, quando o gênio surge entre eles, muitas vezes completamente materializado, fazem-lhe roda em torno e dançam e cantam durante longo tempo.

Como simples ilustração e curiosidade acrescentamos os seguintes detalhes: os povos nórdicos, nas grandes noites de seus invernos polares, que duram meses, no isolamento de suas residências, comunicam-se com esses seres, batendo pancadas no chão em determinados ritmos ou, em havendo médiuns, por ligação direta de vidência ou audição; assim se comunicam com parentes e amigos nas regiões desertas fora da civilização e se orientam sobre diferentes assuntos de interesse.

Os lapões comumente mantém esses contatos: são despertados por esses seres quando dormem, remetem avisos, pedem auxílio nas enfermidades,são protegidos na caça e na pesca e outros até os utilizam para fazer transações curiosas, como essa de venderem vento a terceiros,como garantia de navegação segura, para o que mandam que o interessado amarre nos mastros, pedaços de panos, nos quais dão certo número de nós para tornar a embarcação conhecida, bem visível aos elementos escalados para a proteção, nós que os navegantes vão desmanchando aos poucos, na medida em que o vento cessa e vão precisando dele nesta ou naquela direção.

Não são raras as oportunidades de examinar esses seres diretamente,em sessões espíritas bem organizadas e dirigidas por pessoas competentes, pois esses seres, por serem inconscientes, são perigosos.

Os gnomos, por exemplo, são figuras feias, pequenos,cobertos de pelos, formas grosseiras e quase sempre deixam no ambiente do trabalho, cheiros fortes de mato, de terra, de animais silvestres.

Neste campo, várias coisas, pois, podem ocorrer, nos trabalhos devidência e nos desdobramentos.

1 ° - o médium vê uma forma astral, que pode ser uma simples criação mental de espíritos alheios, encarnados ou desencarnados, ou deinstrutores que se utilizam da ideoplastia para desenvolvimento mediúnico ou para transmissão de idéias próprias;

2 ° - o médium vê formas criadas, representando, simbolicamente, desejos ou paixões humanas;

3 ° - o médium vê seres elementais reais de qualquer das diferentes categorias em que se agrupam.

Para saber se conduzir e dar informações corretas, os médiuns precisam conhecer inúmeros detalhes da vida espiritual e esta é uma das fortes razões que justificam esta publicação.

M.Lopesfonte: http://www.geocities.com/Athens/Acropolis/9175/banda.htm

Um comentário:

Anônimo disse...

Os médiuns devem ser orientados quanto a utilização desses seres,para que não ocorra erros,os quais podem trazer consequências graves,de retorno difícil.