quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

A Umbanda tem cheiro de amor e gosto de alegria !
A Umbanda não tem uma cor; a Umbanda é colorida !
A luz da Umbanda é a caridade e sua base é a humildade.

A Umbanda e UM; a Umbanda é BANDA

Graças a Deus, todos nós somos da Umbanda !

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

sábado, 17 de dezembro de 2011

São Lázaro - Obaluaê

São Lázaro - é festejado em 17 de Dezembro

Omolu / Obaluaê, o Orixá da transmutação, a força Divina da transformação

Obaluaê , Senhor da terra

Orixá das doenças e da cura, Obaluaê (manifestação jovem - guerreiro, caçador, lutador) ou Omulu (manifestação velha - sábio, feiticeiro, guardião), como é mais conhecido, representa a manifestação de Deus entre o mundo terrestre e o espiritual.

DIA: Segunda-feira
CORES: Preto, branco e vermelho.
SÍMBOLOS: Xaxará ou Íleo, lança de madeira, lagidibá
ELEMENTOS: Terra e fogo do interior da Terra.
DOMÍNIOS: Doenças epidémicas, cura de doenças, saúde, vida e morte.
SAUDAÇÃO: Atotoó!!!


Saravá meu pai Omolu
Saravá meu Pai Obaluaê
Atotô!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Ora Ieiê Ô

"Oxum lava meus olhos

Oxum minha emoção
Oxum flor das águas
lava o meu coraçao ..."
(Linda música de Keilah-Diniz)


Que Oxum me dê a serenidade para agir de forma consciente e equilibrada. Tal como suas águas doces – que seguem desbravadoras no curso de um rio, entrecortando pedras e se precipitando numa cachoeira, sem parar nem ter como voltar atrás, apenas seguindo para encontrar o mar – assim seja que eu possa lutar por um objetivo sem arrependimentos.


Oxum lava meus olhos
Oxum minha emoção ...

domingo, 4 de dezembro de 2011

Eparrei Oyá !!!!!!!!!!!!!!!!!!



Oh, Iansã menina,

dos cabelos louros

Onde é sua morada

... é na mina do ouro



Iansã, que Santa tão bela, Eparrei,

Cuidado com ela !!!!!!!!!!!!!

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

103 ANOS DA UMBANDA

             Minha fé eu carrego no pescoço, na cabeça, na alma e no coração


"A Umbanda é paz e amor, é um mundo cheio de luz, é a força que nos dá vida e à grandeza nos conduz. Avante filhos de fé, como a nossa lei não há! Levando ao mundo inteiro a bandeira de Oxalá.."

15 DE NOVEMBRO: PARABÉNS A NOSSA UMBANDA! 103 ANOS DE LUTA

Salve a Umbanda!




"Com os espíritos mais evoluídos aprenderemos!


Aos espíritos menos evoluídos ensinaremos.


E a nenhum espírito renegaremos!"


(Caboclo das 7 encruzilhadas)

Dia 15 de novembro comemoramos o dia da umbanda, devido a sua primeira manifestação no Brasil, vamos ler um pouco da historia.


"No final de 1908, Zélio Fernandino de Moraes, um jovem rapaz com 17 anos de idade, que se preparava para ingressar na carreira militar na Marinha, começou a sofrer estranhos "ataques".

Esses "ataques" do rapaz eram caracterizados por posturas de um velho, falando coisas sem sentido e desconexas, como se fosse outra pessoa que havia vivido em outra época.

Muitas vezes assumia uma forma que parecia a de um felino lépido e desembaraçado que mostrava conhecer muitas coisas da natureza.

Alguém da família sugeriu que "isso era coisa de espiritismo" e que era melhor levá-lo à Federação Espírita de Niterói, presidida na época por José de Souza.

No dia 15 de novembro, o jovem Zélio foi convidado a participar da sessão, tomando um lugar à mesa.


Saiu da sala indo ao jardim e voltando após com uma flor, que colocou no centro da mesa. Essa atitude causou um enorme tumulto entre os presentes.


O diretor dos trabalhos achou tudo aquilo um absurdo e advertiu-os com aspereza, citando o "seu atraso espiritual" e convidando-os a se retirarem.


Após esse incidente, novamente uma força estranha tomou o jovem Zélio e através dele falou:


"Porque repelem a presença desses espíritos, se nem sequer se dignaram a ouvir suas mensagens. Será por causa de suas origens sociais e da cor ?"


"Se julgam atrasados os espíritos de pretos e índios, devo dizer que amanhã (16 de novembro) estarei na casa de meu aparelho, às 20 horas, para dar início a um culto em que estes irmãos poderão dar suas mensagens e, assim, cumprir missão que o Plano Espiritual lhes confiou. Será uma religião que falará aos humildes, simbolizando a igualdade que deve existir entre todos os irmãos, encarnados e desencarnados."


História da umbanda
As raízes da Umbanda são difusas. Entretanto, podemos afirmar que ela foi criada em 1908 pelo Médium Zélio Fernandino de Moraes, sob a influência do Caboclo das Sete Encruzilhadas. Antes disso, já havia, de fato, o trabalho de guias (pretos velhos, caboclos, crianças, exus, etc), assim como religiões ou simples manifestações religiosas espontâneas cujos rituais envolviam incorporações e o louvor aos orixás. Entretanto, foi através de Zélio que organizou-se uma religião com rituais e contornos bem definidos à qual deu-se o nome de Umbanda. Nesta época, não havia liberdade religiosa. Todas as religiões que apontavam semelhanças com rituais afros eram perseguidas, os terreiros destruídos e os praticantes presos.




Caboclo das sete Encruzilhada


Em 1945, José Álvares Pessoa, dirigente de uma das sete casas de Umbanda fundadas inicialmente pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, obteve junto ao Congresso Nacional a legalização da prática da Umbanda. A partir dai, muitas tendas cujos rituais não seguiam o recomendado pelo fundador da religião, passaram a dizer-se umbandistas, de forma a fugir da perseguição policial. Foi aí que a religião começou a perder seus contornos bem definidos e a misturar-se com outros tipos de manifestações religiosas. De tal forma que hoje a Umbanda genuína é praticada em pouquíssimas casas. Hoje, existem diversas ramificações onde podemos encontrar influências que utilizam a palavra Umbanda, como as indígenas (Umbanda de Caboclo), as africanas (Umbandomblé, Umbanda traçada) e diversas outras de cunho esotérico (Umbanda Esotérica, Umbanda Iniciática). Existe também a "Umbanda popular", onde encontraremos um pouco de cada coisa ou um cadinho de cada ancestralidade, onde o sincretismo (associação de santos católicos aos orixás africanos) é muito comum. Mantém-se na Umbanda o sincretismo religioso com o catolicismo e os seus santos, assim como no antigo Candomblé dos escravos, por uma questão de tradição, pois antigamente fazia-se necessário como uma forma de tornar aceito o culto afro-brasileiro sem que fosse visto como algo estranho e desconhecido, e, portanto, perseguido e combatido. Há discordância sobre as cores votivas de cada orixá conforme o local do Brasil e a tradição seguida por seus seguidores. Da mesma forma quanto ao Santo sincretizado a cada orixá. Alguns exemplos: Exu - Santo Antonio no rio de janeiro; Ogum - São Jorge OU Santo Antonio na bahia; Oxossi - São Sebastião; no Brasil, São Jorge na bahia; Xangô - São Jerônimo,São João Batista, São Miguel Arcanjo Iemanjá - Nossa Senhora dos Navegantes; Oxum - Nossa Senhora da Conceição; Yansan - Santa Bárbara; Omulu - São Roque; Obá - Santa Rita de Cássia, Santa Joana d'Arc Obaluaê - São Lázaro; Nanã - Sant'Anna; Egunitá - Santa Sara Kali, Oxalá - Divino Jesus Cristo, o Ser Cristalino.




Os fundamentos


Os fundamentos da Umbanda variam conforme a vertente que a pratique. Existem alguns conceitos básicos que são encontrados na maioria das casas e assim podem, com certa ressalva e cuidado, ser generalizados para todas as formas de Umbanda. São eles: A existência de uma fonte criadora universal, um Deus supremo, chamado Olorum, Zambi ou Oxala; A obediência aos ensinamentos básicos dos valores humanos, como: fraternidade, caridade e respeito ao próximo. Sendo a caridade uma máxima encontrada em todas as manifestações existentes; O culto aos orixás como manifestações divinas, em que cada orixá controla e se confunde com um elemento da natureza do planeta ou da própria personalidade humana, em suas necessidades e construções de vida e sobrevivência; A manifestação dos Guias para exercer o trabalho espiritual incorporado em seus médiuns ou "aparelhos"; O mediunismo como forma de contato entre o mundo físico e o espiritual, manifesta de diferentes formas; Uma doutrina, uma regra, uma conduta moral e espiritual que é seguida em cada casa de forma variada e diferenciada, mas que existe para nortear os trabalhos de cada terreiro; A crença na imortalidade da alma; A crença na reencarnação e nas leis cármicas; [editar] Um Deus único e superior Deus, em sua benevolência e em sua força emana de si e através dos orixás e dos guias (espíritos desencarnados) seu amor, auxiliando os homens em sua caminhada para a elevação espiritual e intelectual




Os Orixás na umbanda

Os Orixás Na Umbanda os Orixás são energias, forças da natureza que estão presentes em todos os lugares, influenciando as pessoas e irradiando energias que mantém o equilíbrio natural dos elementos em relação ao universo. Uma interpretação mais objetiva coloca os orixás como espíritos que progrediram muito espiritualmente, não necessitando mais do processo reencarnatório, e que para darem continuidade no seu progresso espiritual possuem como missão organizar e orientar uma rede de espíritos com menos progresso espiritual do que eles, ajudando-os a progredirem espiritualmente. Cada pessoa está ligada a um desses orixás e suas características são encontradas em seus filhos, seja na forma física ou, mais evidente, nas características psicológicas e comportamentais a qual a pessoa está relacionada. Os elementos nos quais se manifestam os orixás cultuados na umbanda são: Oxalá Onipresente, Ogum estradas e campinas, Oxóssi nas matas, Xangô pedreiras, Yorimá na Umbanda / Yorimá a linha dos Pretos Velhos, Yori na Umbanda/Yori a linha das crianças, , Iemanjá nos Mares,esses considerados o Orixás maiores,Oxum cachoeiras Iansã ventos e tempestades Obaluaê na terra, Nanã nas águas paradas e da lama dos fundos dos rios e lagos, além da água das chuvas, esses considerados Orixás menores. [editar] Sincretismo Indígeno, africano, católico, espírita, outras. A Umbanda é uma junção de elementos africanos (orixás e culto aos antepassados), indígenas (culto aos antepassados e elementos da natureza), Catolicismo (o europeu, que trouxe o cristianismo e seus santos que foram sincretizados pelos Negros Africanos), Espiritismo(fundamentos espíritas, reencarnação, lei do carma, progresso espiritual etc). A Umbanda prega a existência pacífica e o respeito ao ser humano, à natureza e a Deus. Respeitando todas as manifestações de fé, independentes da religião. Em decorrência de suas raízes, a Umbanda tem um caráter eminentemente pluralista, compreende a diversidade e valoriza a diferenças. Não há dogmas ou liturgia universalmente adotadas entre os praticantes, o que permite uma ampla liberdade de manifestação da crença e diversas formas válidas de culto. A máxima dentro da Umbanda é "Dê de graça, o que de graça recebestes: com amor, humildade, caridade e fé".




Determinações do Plano Astral


As determinações do Plano Astral, porém, deveriam cumprir-se. Em 15 de novembro de 1908, compareceu a uma sessão da Federação Espírita, em Niterói, então dirigida por José de Souza, um jovem de 17 anos de tradicional família fluminense. Chamava-se ZÉLIO FERNANDINO DE MORAES. Restabelecera-se, no dia anterior, de moléstia cuja origem os médicos haviam tentado, em vão, identificar. Sua recuperação inesperada por um espírito causara enorme supressa. Nem os doutores que o assistiam nem os tios, sacerdotes católicos, haviam encontrado explicação plausível. A família atendeu, então, à sugestão de um amigo, que se ofereceu para acompanhar o jovem Zélio à Federação. Zélio foi convidado a participar da Mesa. Zélio sentiu-se deslocado, constrangido, em meio àqueles senhores. E causou logo um pequeno tumulto. Sem saber por que, em dado momento, ele disse: "Falta uma flor nesta casa: vou buscá-la". E, apesar da advertência de que não poderia afastar-se, levantou-se, foi ao jardim e voltou com uma flor que colocou no centro da mesa. Serenado o ambiente e iniciados os trabalhos, manifestaram-se espíritos que se diziam de índios e escravos. O dirigente advertiu-os para que se retirassem. Nesse momento, Zélio sentiu-se dominado por uma força estranha e ouviu sua própria voz indagar por que não eram aceitas as mensagens dos negros e dos índios e se eram eles considerados atrasados apenas pela cor e pela classe social que declinavam. Essa observação suscitou quase um tumulto. Seguiu-se um diálogo acalorado, no qual os dirigentes dos trabalhos procuravam doutrinar o espírito desconhecido que se manifestava e mantinha argumentação segura. Afinal um dos videntes pediu que a entidade se identificasse, já que lhe aparecia envolta numa aura de luz. Se querem um nome - respondeu Zélio inteiramente mediunizado - que seja este: eu sou o CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS, porque para mim não haverá caminhos fechados. E, prosseguindo, anunciou a missão que trazia: estabelecer as bases de um culto, no qual os espíritos de índios e escravos viriam cumprir as determinações do Astral. No dia seguinte, declarou ele, estaria na residência do médium, para fundar um templo, que simbolizasse a verdadeira igualdade que deve existir entre encarnados e desencarnados. Levarei daqui uma semente e vou plantá-la no bairro de Neves, onde ela se transformará em árvore frondosa. No dia seguinte, 16 de novembro de 1908, na residência da família do jovem médium, na Rua Floriano Peixoto, 30 em Neves, bairro de Niterói, a entidade manifestou-se pontualmente no horário previsto - 20 horas. Ali se encontravam quase todos os dirigentes da Federação Espírita, amigos da família, surpresos e incrédulos, e grande número de desconhecidos que ninguém poderia dizer como haviam tomado conhecimento do ocorrido. Alguns aleijados aproximaram-se da entidade, receberam passes e, ao final da reunião, estavam curados. Foi essa uma das primeira provas da presença de uma força superior. Nessa reunião, o CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS estabeleceu as normas do culto, cuja prática seria denominada "sessão" e se realizaria à noite, das 20 às 22 horas, para atendimento público, totalmente gratuito, passes e recuperação de obsedados. O uniforme a ser usado pelos médiuns seria todo branco, de tecido simples. Não se permitiria retribuições financeiras pelo atendimento ou pelos trabalhos realizados. Os cânticos não seriam acompanhados de atabaques nem de palmas ritmadas. A esse novo culto, que se alicerçava nessa noite, a entidade deu o nome de UMBANDA, e declarou fundado o primeiro templo para sua prática, com a denominação de tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade, porque: "assim como Maria acolhe em seus braços o Filho, a Tenda acolheria os que a ela recorressem, nas horas de aflição". Através de Zélio manifestou-se, nessa mesma noite, um Preto Velho, Pai Antônio, para completar as curas de enfermos iniciadas pelo Caboclo. E foi ele quem ditou este ponto, hoje cantado no Brasil inteiro: "Chegou, chegou, chegou com Deus, Chegou, chegou, o Caboclo das sete Encruzilhadas". A partir desta data, a casa da família de Zélio tornou-se a meta de enfermos, crentes, descrentes e curiosos. Os enfermos eram curados; os descrentes assistiam as provas irrefutáveis; os curiosos constatavam a presença de uma força superior; e os crentes aumentavam dia a dia. Cinco anos mais tarde, manifestou-se o Orixá Malé, exclusivamente para a cura de obsedados e o combate aos trabalhos de magia negra. Passados dez anos, o CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS anunciou a Segunda etapa de sua missão: a fundação de sete templos, que deveriam constituir o núcleo central para a difusão da UMBANDA. A Tenda da Piedade trabalha ativamente, produzindo curas, principalmente a recuperação de obsedados, considerados loucos, na época. Já então se contavam às centenas as curas realizadas pela entidade, comentadas em todo o Estado e confirmadas pelos próprios médicos, que recorriam a Tenda, em busca da cura dos seus doentes. E o Caboclo indicava, nas relações que lhe apresentavam com nome dos enfermos, os que poderia curar: eram os obsedados, portadores de moléstias de origem psíquica; os outros, dizia ele, competia à medicina curá-los. Zélio de Moraes, já então casado, por determinação da entidade, recolhia os enfermos mais necessitados em sua residência, até o término do tratamento astral. E muitas vezes, as filhas, Zélia e Zilmeia, crianças ainda, cediam o seu aposento e dormiam em esteiras, para que os doentes fixassem bem acomodados. Nas reuniões de estudo que se realizavam às quintas-feiras , a entidade preparava os médiuns que seriam indicados, posteriormente, para dirigir os novos templos. Fundaram-se, as Tendas: Nossa Senhora da Guia - Pres. Leal de Souza, cerca de 1918, Nossa Senhora da Conceição, Santa Bárbara - Pres. João Salgado, São Pedro - Pres. José Mendes, Oxalá - Pres. Paulo Lavois, São Jorge - Guia Espiritual Ogum de Tibiri, Médium João Severino Ramos, fundada em 1935 e São Jerônimo - Pres. José Álvares Pessoa, após 1935.


O culto umbandista
A Umbanda tem como lugar de culto o templo, terreiro ou Centro, que é o local onde os Umbandistas se encontram para realização do culto aos orixás e dos seus guias, que na Umbanda se denominam giras. O chefe do culto no Centro é o Sacerdote ou Sacerdotisa (pode ser Babá, Zelador, Dirigiente, Diretor(a) de culto, Mestre(a), sempre dependendo da forma escolhida por cada casa). São os médiuns mais experientes e com maior conhecimento, normalmente fundadores do terreiro. São quem coordenam as sessões/giras e que irão incorporar o guia-chefe, que comandará a espiritualidade e a materialidade durante os trabalhos. Vale lembrar que o termo pai-de-santo ou mãe-de-santo não deve ser aplicado na religião de Umbanda, pois estes termos são oriundos do Candomblé, que é uma religião diferente da Umbanda. Como uma religião espiritualista, a ligação entre os encarnados e os desencarnados se faz por meio dos médiuns. Na Umbanda existem várias classes de médiuns, de acordo com o tipo de mediunidade. Normalmente há os médiuns de incorporação, que irão "emprestar" seus corpos para os guias e para os orixás. Há também os atabaqueiros, que transmitem a vibração da espiritualidade superior por via dos atabaques, criando um campo energético favorável à atração de determinados espíritos, sendo muitas vezes responsáveis pela harmonia da gira. Há os Corimbas, que são os que comandam os cânticos e as cambonas que são encarregadas de atender as entidades, provisionando todo o material necessário para a realização dos trabalhos. Embora caiba ao sacerdote ou à sacerdotisa responsável o comando vibratório do rito, grande importância é dada à cooperação, ao trabalho coletivo de toda a corrente mediúnica. Segundo a Umbanda, as entidades que são incorporadas pelos médiuns podem ser pretos-velhos, caboclos, boiadeiros, mineiros, crianças, marinheiros, ciganos, baianos, orientais, xamãs e exus. [editar] As sessões O culto nos terreiros é dividido em sessões de desenvolvimento e de consulta, e essas, são subdivididas em giras. Nas sessões de consulta, onde comumente podemos encontrar Pretos-Velhos, Caboclos, Ciganos… As pessoas conversam com as entidades a fim de obter ajuda e conselhos para suas vidas, curas, descarregos, e para resolver problemas espirituais diversos. As ocorrências mais comuns nessas sessões são o "passe" e o descarrego. No passe, a entidade reorganiza o campo energético astral da pessoa, energizando-a e retirando toda a parte fluídica negativa que nela possa estar. O descarrego é feito com o auxílio de um médium, o qual irá captar a energia negativa da pessoa e a transferir para os assentamentos ou fundamentos do terreiro que contém elementos dissipadores dessas energias. Também a entidade faz com que essa energia seja deslocada para o astral. Caso seja um obsessor, o espírito obsediador é retirado e encaminhado para tratamento ou para um lugar mais adequado no astral inferior caso ele não aceite a luz que lhe é dada. Nesses casos pode ser necessária a presença de um ou mais Exus (um gênero de espírito desencarnado) para auxiliar a desobsessão. Os dias de Consulta e/ou Desenvolvimento podem variar de casa para casa, de Linha Doutrinária para Linha Doutrinária. Nos dias de consulta há o atendimento da assistência e nos dias de desenvolvimento há as giras médiunicas, que são fechadas à assistência, onde os sacerdotes educam e ensinam os mecanismos próprios da mediunidade.




Médiuns

Médium é toda pessoa que, segundo a Doutrina Espírita, que tem a capacidade de se comunicar com entidades desencarnadas ou espíritos, seja pela mecânica da incorporação, pela vidência (ver), pela audiência (ouvir) ou pela psicografia (escrever movido pelos espíritos). A Umbanda crê que o médium tem o compromisso de servir como um instrumento de guias ou entidades espirituais superiores. Para tanto, deve se preparar através do estudo, desenvolvendo a sua mediunidade, sempre prezando a elevação moral e espiritual, a aprendizagem conceitual e prática da Umbanda, respeitar os guias e orixás; ter assiduidade e compromisso com sua casa, ter caridade em seu coração, amor e fé em sua mente e espírito, e saber que a Umbanda é uma prática que deve ser vivenciada no dia-a-dia, e não apenas no terreiro. Uma das regras básicas da umbanda é que a mediunidade não deve ser vista ou vivenciada vaidosamente como um dom ou poder maior concedido ao médium, segundo os umbandistas, mas sim como um compromisso e uma oportunidade que lhe foi dada para resgate kármico e expiação de faltas pregressas antes mesmo da pessoa reencarnar. Por isso não deve ser encarada como um fardo ou como uma forma de ganhar dinheiro, mas como uma oportunidade valiosa para praticar o bem e a caridade. Existe médiuns que acabam distorcendo o verdadeiro papel que lhes foi dado e se envaidecem, agindo de forma leviana em suas vidas. O médium deve tangir sua vida como sendo um mensageiro de Deus, dos orixás e guias. Ter um comportamento moral e profissional dignos, ser honesto e íntegro em suas atitudes, pois do contrário acaba atraindo forças negativas, obsessores ou espíritos revoltados que vagam pelo mundo espiritual atrás de encarnados desequilibrados que estejam na mesma faixa vibracional que eles. Por isso, desenvolver a mediunidade é um processo que deve ser encarado de forma séria e regido através de um profundo estudo da religião, e seguido por conceitos morais e éticos. Ser orientado e iniciado por uma casa que pratica o bem é essencial. As pessoas que são médiuns devem levar sempre a sério sua missão, ter muito amor e dar valor ao que fazem, tendo sempre boa-vontade nos trabalhos de seu terreiro e na vida diária. O médium deve tomar, sempre que necessário, os banhos de descarrego adequados aos seus orixás e guias, estar pontualmente no terreiro com sua roupa sempre limpa, conversar sempre com o chefe espiritual do terreiro quando estiver com alguma dúvida, problema espiritual ou material. Sobre o estudo da mediunidade e do médium, pode-se utilizar como fonte para estudos a relação que existe abaixo, no item "Literatura Umbandista". Alguns terreiros utilizam-se das obras Espíritas (codificadas por Allan Kardec), mas a maioria segue as orientações da literatura umbandista que é prolífica nas discussões teóricas e nas orientações práticas. Há livros umbandistas a partir da década de 1930.




Polêmicas dentro das casas de umbanda
Sacrifício ritual de animais Existem várias ramificações dentro da Religião de Umbanda entretanto na umbanda não se usa o sacrifício de animais em hipótese alguma. Esta prática está ligada a algumas linhas que ainda cultuam junto com a umbanda alguns rituais de religiões afro-brasileiras. Apesar da umbanda ser bastante ramificada, denominamos traçada - alusão ao sincretismo com o candomblé - a umbanda que ainda carrega em seus cultos o sacrifício de animais. Em suma, qualquer ritual onde se pratica a imolação animal não deve utilizar o nome "Umbanda". [editar] Uso de bebidas alcoólicas Também encontramos terreiros dos seguintes tipos: Os que as entidades incorporadas não usam bebidas (muitas vezes por questão do próprio médium não estar preparado para este tipo de trabalho com bebida) criando uma espécie de tabu; Os que elas bebem durante os trabalhos (tanto os que fazem o uso correto deste elemento, como os que abusam); Os que usam bebida em situações mais veladas (existindo um certo rigor quanto a sua utilização, buscando coibir abusos de médiuns ainda em preparação). Toda essa controvérsia é gerada pelo uso que as pessoas fazem das bebidas alcoólicas na vida diária, muitas vezes caindo no vício do alcoolismo, trazendo consequências graves para sua vida material e espiritual. Ocorre que médiuns predispostos ao vício podem, ao invés de atraírem espíritos de luz, afinizarem-se com espíritos de viciados que já morreram - esses espíritos serão obsessores dessa pessoa, uma vez que ela satisfaz seus desejos materialistas. Note-se que o álcool é um elemento usado na magia para trabalhos para o bem; abusos nunca são tolerados e exibicionismo não são sinais de incorporações de luz. Existem casas que, por ordem do mentor espiritual, nunca usaram ou deixaram de utilizar o fumo, assim como a bebida alcoólica, sem que por isso, tivessem qualquer problema com as entidades que, por ventura, utilizavam esses elementos. Afinal, os espíritos podem se adaptar e mudar a forma de trabalhar de acordo com o fundamento de cada instituição. É importante ressaltar, ainda, que quanto menos o espírito utilizar materiais terrenos melhor. Eles podem trabalhar com elementos bastante etéreos e tão eficazes quanto os fluidos do próprio médium.




Uso de bebidas alcoólicas
Também encontramos terreiros dos seguintes tipos: Os que as entidades incorporadas não usam bebidas (muitas vezes por questão do próprio médium não estar preparado para este tipo de trabalho com bebida) criando uma espécie de tabu; Os que elas bebem durante os trabalhos (tanto os que fazem o uso correto deste elemento, como os que abusam); Os que usam bebida em situações mais veladas (existindo um certo rigor quanto a sua utilização, buscando coibir abusos de médiuns ainda em preparação). Toda essa controvérsia é gerada pelo uso que as pessoas fazem das bebidas alcoólicas na vida diária, muitas vezes caindo no vício do alcoolismo, trazendo consequências graves para sua vida material e espiritual. Ocorre que médiuns predispostos ao vício podem, ao invés de atraírem espíritos de luz, afinizarem-se com espíritos de viciados que já morreram - esses espíritos serão obsessores dessa pessoa, uma vez que ela satisfaz seus desejos materialistas. Note-se que o álcool é um elemento usado na magia para trabalhos para o bem; abusos nunca são tolerados e exibicionismo não são sinais de incorporações de luz. Existem casas que, por ordem do mentor espiritual, nunca usaram ou deixaram de utilizar o fumo, assim como a bebida alcoólica, sem que por isso, tivessem qualquer problema com as entidades que, por ventura, utilizavam esses elementos. Afinal, os espíritos podem se adaptar e mudar a forma de trabalhar de acordo com o fundamento de cada instituição. É importante ressaltar, ainda, que quanto menos o espírito utilizar materiais terrenos melhor. Eles podem trabalhar com elementos bastante etéreos e tão eficazes quanto os fluidos do próprio médium.


Postado pelo grupo boiadeiro rei

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Vozes do Espírito


A Natureza é minha Mãe.


O Universo é meu Caminho.


A Eternidade é meu Reino.


A Imortalidade é minha Vida.


A Mente é meu Lar.


O Coração é meu Templo.


A Verdade é meu Culto.


O Amor é minha Lei.


A Forma em sí é minha Manifestação.


A Consciência é meu Guia.


A Paz é meu Abrigo.


A Experiência é minha Escola.


O Obstáculo é minha Lição.


A Dificuldade é meu Estímulo.


A Alegria é meu Cântico.


A Dor é meu Aviso.


A Luz é minha Realização.


O Trabalho a minha Benção.


O Amigo é meu Companheiro.


O Adversário é meu Instrutor.


O Próximo é meu Irmão.


A Luta é minha Oportunidade.


O Passado a minha Advertência.


O Presente a minha Realidade.


O Futuro a minha Promessa.


O Equilíbrio é minha Atitude.


A Ordem é minha Senha.


A Beleza é meu Ideal.


A Perfeição é o meu Destino.




O ESPÍRITO - Médium: Francisco Cândido Xavier

PAI NOSSO DE EMANUEL


Nosso Pai, que estás em toda parte;


Santificado seja o teu nome, no louvor de todas as criaturas;


Venha a nós o teu reino de amor e sabedoria;


Seja feita a tua vontade, acima dos nossos desejos;


Tanto na terra, quanto nos círculos espirituais;


O pão nosso do corpo da mente dá-nos hoje;


Perdoa as nossas dívidas, ensinando-nos a perdoar nossos devedores com esquecimento de todo mal;


Não permitas que venhamos a cair sob os golpes da tentação de nossa própria inferioridade;


Livrai-nos do mal que ainda reside em nós mesmos;


Porque só em ti brilha a luz eterna do reino e do poder, da glória e da paz, da justiça e do amor para sempre!


Assim seja!




Emmanuel - Médium: Francisco Cândido Xavier

CADA UM

Cada um dá o que pensa.


Cada um cede o que tem.


Cada um encontra o que procura.


Cada um recolhe o que semeia.


Cada um aprende o que estuda.


Cada um dispõe do que entesoura.


Cada um permanece onde se coloca.


Cada um realiza o que imagina.

Cada um mentaliza o que sente.


Cada um faz o que deseja.


Cada um recebe conforme pede.


Cada um se mostra finalmente por fora como age por dentro.


Cada espírito é um mundo por si.

Cada coração é continente diverso da vida infinita.
Cada propósito é uma força.


Cada anseio é uma oração.

Cada atitude é uma causa.

Cada resolução é um movimento.

Cada existência é um livro original.

Cada gesto é uma semente que produz sempre, segundo a natureza que lhe é própria.


Guardemos, assim, a nossa bússola imantada em Jesus, na grande viagem da evolução, de vez que, de acordo com a Sabedoria Divina, "cada qual receberá do Universo, do mundo e das criaturas, de conformidade com as próprias obras".


Do livro Cartas do coração. Psicografia de Francisco Cândido Xavier - André Luiz

VIVER

 Cada qual de nós, seja onde for, está sempre construindo a vida que deseja.


Existência é a soma de tudo o que fizemos de nós até hoje.


Toda a melhoria que realizarmos em nós, é melhoria na estrada que somos chamados a percorrer.


Toda a idéia que você venha a aceitar influinciará seu espírito, escolha os pensamentos do bem para orientar-lhe o caminho e o bem transformará sua vida numa cachoeira de bênçãos.


Se você cometeu algum erro não se detenha para lamentar-se, raciocine sobre o assunto e retifique a falha havida, porque somente assim a existència lhe converterá o erro em lição.


Muito difícil viver bem se não aprendermos a conviver.


A vida por fora de nós é a imagem daquilo que somos por dentro.


Viver é a lei da natureza, mas a vida pessoal é a obra de cada um.


André Luiz/Chico Xavier
Senhor,

 
Fortalece em nós a paciência para com as dificuldades
dos outros, assim como precisamos da paciência dos outros
para com as nossas próprias dificuldades.


Ajuda-nos para que a ninguém façamos aquilo que não desejamos para nós.


Auxilia-nos sobretudo a reconhecer que a nossa felicidade mais alta será invariavelmente aquela de cumprir os desígnios, onde e como queiras, hoje, agora e sempre.




Emmanuel
Mensagem psicografada por Chico Xavier

MEDIUNIDADE

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Mensagem do Caboclo Tupinambá‏

"Sim, sua vida espiritual vai bem à medida que você observa, analisa e lapida seu comportamento, suas ações, pensamentos e principalmente seus julgamentos, frequentemente precipitados e equivocados, a respeito das
pessoas e daquilo que ainda está por vir.


Sim, seu caminho é a Umbanda enquanto você valorizar a experiência espiritual com os Orixás, Guias e Mensageiros do Astral que se desdobram em muitas formas para te auxiliar. Seu caminho é e sempre será a Umbanda, enquanto você acender uma vela e sentir que ela fala contigo, enquanto você escutar o som do atabaque e seu corpo aquecer num compasso de vibrações e arrepios, enquanto você sentir o aroma das ervas transmutadas em fumaça ao contato com a brasa incandescente e for acometido da sensação de estar sendo transportado para outro lugar, a Umbanda continuará sendo seu caminho
enquanto o brado dos Caboclos te arrepiar, o silêncio dos Pretos Velhos te emocionar, o gracejo dos Baianos te alegrar, a sinceridade dos Exus te curvar, a simpatia das Pomba Giras te atrair e a ciranda dos Erês te relembrar que, apesar dos pesares, o mais importante é não perder a pureza das crianças.


Sim, seu lugar é no Templo que frequenta, enquanto os espíritos regentes ainda forem referências de aprendizado, enquanto você sentir saudade ao final de cada gira, enquanto os objetivos espirituais e materiais também
forem os seus objetivos, enquanto o sentimento de irmandade não se dissipar facilmente em momentos de atritos e conflitos naturais, enquanto você preservar o respeito e lealdade ao seu Sacerdote ."


Sr. Caboclo Tupinambá


Saravá!
Autor: Rodrigo Queiroz
Postado no Grupo Boiadeiro Rei - http://cabocloguaracy.blogspot.com

terça-feira, 23 de agosto de 2011

MAGIA FORTE


César freqüentava aquela casa de umbanda havia dois anos: um ano enquanto assistência e outro como cambone de Pai Josias. Era um jovem que amava tanto a religião que professava que, nos últimos três meses, resolveu participar das reuniões de desobsessões daquela casa de caridade.


Naquela gira, entretanto, César demonstrava um semblante preocupado e pesaroso.


Percebendo as emoções de seu pupilo Pai Josias chamou-o a sentar-se diante de si.


─ Como é que vai suncê meu fio?


─ Eu até que estou bem vovô, graças a Deus!


─ Então por que este "até" zifio? Tem algo preocupando suncê?


César ficou desconcertado, como se estivesse procurando as palavras certas a serem ditas, mas a entidade reforçou o pedido dizendo:


─ Pode falar sem acanhamento nenhum zifio, pois qualquer dúvida no coração não é sinal de vergonha, mas desejo de saber melhor as coisas e o conhecimento é algo muito lindo meu fio, pode fazer perguntador pra nêgo!


César sorriu com aquele jeito tão curioso e perspicaz que só os preto-velhos têm de dizer as coisas e falou:


─ O senhor acha que estou bem vovô?


─ Depende meu fio, o que é estar bem para você?


César sorriu enquanto seu olhar marejava e foi quando a entidade disse-lhe:


─ O que é que tá trazendo tanta preocupação a suncê meu fio? Pode contar porque nêgo só vai escutar sem julgar!


─ O senhor me desculpe vovô, mas acho que estou necessitando de uma magia forte de proteção.


─ Mas por que zifio, o que é que tá acontecendo com suncê?


─ Como o senhor sabe faz três meses que comecei a participar dos trabalhos de desobsessão desta casa.


─ Isto, nêgo se alembra meu fio.


─ Então, acho que o senhor vê que eu procuro fazer este trabalho com todo o meu coração.


─ Nêgo não tem dúvidas disso meu fio!


─ Pois bem, mas desde quando eu entrei nestes trabalhos a cada mês que passou após um membro de minha família adoeceu seriamente: há três meses foi minha esposa, mês retrasado foi minha filha e este mês foi minha mãe que está passando um tempo conosco.


─ Nêgo tá entendendo zifio.


─ Como eu tenho vindo ao terreiro penso que deva ser mais difícil para as forças do baixo-astral atingir a mim tentando impedir-me de vir às reuniões de desobsessão, assim, acho que as trevas estão tentando atingir-me por meio de minha família.


─ E suncê acha que o terreiro não está fornecendo a devida proteção que suncê e família carecem pra viver sem estes ataques e fazerem o bem com menos preocupação, e justamente por isto estava todo envergonhado de vir conversar com este nêgo, não é?


César cambonava aquela entidade já há certo tempo, mas a forma como ela demonstrava conhecimento e compreensão acerca do seu atual estado mental sem que ele precisasse verbalizar muita coisa deixou-o boquiaberto.


─ Suncê não precisa se sentir envergonhado, pois como nêgo disse antes a busca do conhecimento no bem traz é luz para o espírito.


─ O senhor está certo vovô!


─ Zifio, eu entendo sua preocupação, mas antes de passar uma magia forte suncê permite nêgo contar uma história?


─ Claro vovô, suas histórias são sempre ótimas, fique a vontade!


─ Zifio, certa vez acabou a comida no esgoto e uma ratazana se viu obrigada a sair de sua morada para habitar noutro canto. Saindo de sua morada o animal observou que poderia entrar em duas casas: uma era asseada, limpa e organizada; a outra era uma imundice só, pois a não era varrida há meses, os móveis estavam cobertos de pó e havia inúmeros entulhos espalhado pelo chão, suncê tá entendendo zifio?


─ Estou sim senhor!


─ Então nêgo pergunta: se suncê fosse esta ratazana em qual destas moradas escolheria habitar?


─ Com certeza que seria a casa suja!


─ Por que zifio?


─ Por que se parece mais com o antigo habitat da ratazana.


─ Muito bem zifio, afinal na casa limpa não há nada que desperte afinidade na ratazana, não é isso?


─ Isso vovô, é isso mesmo, é tudo questão de afinidade!


─ Muito bem meu fio! Nêgo gostou desta sua ultima percepção.


─ Zifio, nêgo pode fazer mais uma pergunta?


─ Claro vovô, não precisa nem pedir!


─ Fio, tem muito tempo que suncê não defuma sua casa?


─ Tem sim vovô, por volta de dez meses.


─ Mas suncê não é umbandista?


─ Graças a Deus!


─ E o que tem impedido suncê de fazer defumador no seu casuá?


César encabulou-se e baixou a cabeça. A entidade continuou:


─ São as tarefas, as atividades, as dificuldades e os problemas do dia-a-dia não é meu fio?


─ É isso mesmo vovô, minha vida é muito atribulada e ai eu acabo me acomodando com a situação.


─ Pois é meu fio, realmente nêgo sabe que a vida de suncês no corpo de carne é realmente bastante difícil, mas, ainda assim, devo pedir que você retorne a defumar sua casa. Suncê verá como as coisas ficarão diferentes.


─ Pode deixar vovô, farei tudo como o senhor pede, mas e aquela magia forte, o senhor pode me ensinar?


─ A magia forte que nêgo falou antes zifio?


─ Isto vovô!


─ Então zifio, este preto-velho acabou de passar pra suncê.


─ A defumação?


─ É zifio! Por que a cara de espanto?


─ Ora vovô a defumação não funciona para afastar permanentemente espíritos perturbados, não é verdade?


─ Fio tá sabido hein!


─ Até onde sei, na realidade, a defumação serve mais para limpeza energética dos lugares, não é verdade?


─ Fio recordando o que conversamos ainda agorinha: onde que é mais provável de uma ratazana morar? Numa casa limpa ou numa casa suja?


─ Na casa suja vovô, mas mesmo que a casa estivesse limpa o rato poderia entrar.


─ Mas não é mais fácil expulsar o rato de uma casa se ela estiver limpa?


─ Puxa vovô ou o senhor não está entendendo ou não está querendo entender!


─ Desculpa a ignorância deste nêgo meu fio, mas explica mais um pouquinho para que suncê perceba que talvez seja suncê que num tá entendendo este véio.


─ Não vovô eu entendi tudo que o senhor falou: o senhor determinou que eu voltasse a defumar minha residência a fim de que "ratos" não a invadam e assim eu o farei, mas só que enquanto eu não defumava a casa ratos aproximaram-se de minha esposa, minha filha e minha mãe causando doenças e eu gostaria de saber o que fazer para espantar estes ratos.


─ Fio a cada vez que suncê vem em terreiro tais ratos são afastados de suncê e todo seu familiador sempre, é claro, de acordo com o merecimento de cada um! Acontece que ao longo dos dias que sucedem as giras no terreiro suncês tudo se emporcalham tanto a si mesmos quanto o casuá em que vivem que daí acabam atraindo novos ratos para perto de suncês.


A entidade amiga deu algumas baforadas em seu cachimbo e continuou:


─ Suncê com problemas no local de trabalho e sua companheira com os vizinhos, absorvendo estas energias e espalhando-as em cada canto de cada cômodo do seu lar: e tome reclamação contra a vida, contra o chefe, contra os colegas de trabalho, contra as contas a pagar!


Pai Josias continuou:


─ Aí surgem as desavenças com a esposa e suncês acabam, quase sempre, por discutir na frente da criança pela roupa amarrotada, pelo café amargo, pelo baixo salário, por que o vizinho não respondeu ao seu "Bom dia"!


─ Compreenda zifio que por conta da falta de defumação e de outras medidas energeticamente profiláticas e umbandistas como o hábito de cruzar semanalmente a casa, pode-se dizer que onde suncês moram não está devidamente asseado, mas só que suncês acabam por piorar ainda mais a situação com todo este lixo mental, emocional, psicológico e energético.


─ Defume seu casuá, mude seu padrão vibratório e consciencial que suncê, nas forças de Deus-Nosso-Pai, verá mudanças prodigiosas em sua vida. Pode deixar que dos ratos nós, segundo o merecimento de cada um, cuidamos. Preocupem-se apenas em manter as vossas duas casas higienizadas: seu casuá, onde mora suncê e os seus familiares e seu vaso corporal, onde reside vosso espírito.


─ Sei que você crê na onipotência de Deus, só não descreia jamais que grande parte do poder Dele está nas coisas simples: Gandhi venceu a intolerância por meio de simples jejuns, Moisés venceu faraó com um simples cajado e Jesus venceu o mundo com a Lei de Amor. Viver na carne não é simples, amar também não, mas creia na simplicidade das coisas de Deus, da Umbanda e dos fundamentos a ela pertinentes que suncê verá os instrumentos de que se servem as trevas para semearem discórdias, desgraças e maldades serem desativados diante de si.


─ Creia meu fio e chame as bênçãos de Deus pra junto de suncê, acredite na simplicidade das coisas de Deus e o mal, assim, da sua vida se desarmará.


─ Uma flor pode desarmar o mais bélico dos exércitos, o perdão pode desarmar o ódio mais feroz, pensamentos vibrados em paz e amor podem desarmar a mais potente magia negra, da mesma forma que uma "mera" defumação desarma a casa, a família e a vida de suncês de toda a sujeira astral com que vocês a municiam por conta das reclamações e impropérios resultantes das vicissitudes de vossas existências corpóreas; vicissitudes estas que, na realidade, são instrumentos que podem guiá-los a angelitude se corretamente manejados, mas que suncês ainda, infelizmente, não conseguem percebê-los enquanto tal.


E a entidade, que tinha diante de si um consulente aos prantos, aguardou que César serenasse as emoções. Instantes após pediu um abraço apertado e, posteriormente, disse-lhe olhando fixamente nos olhos:


─ Nêgo acredita em Deus meu filho, mas não descrê de suncê! Creia mais na simplicidade das coisas de Deus e vá na força e na luz de Zambi-Nosso-Pai!

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Várias Umbandas

Hoje temos várias ramificações da Umbanda que guardam raízes muito fortes das bases iniciais, e outras, que se absorveram características de outras religiões, mas que mantém a mesma essência nos objetivos de prestar a caridade, com humildade, respeito e fé.


Alguns exemplos dessas ramificações são:


• • "Umbanda tradicional" - Oriunda de Zélio Fernandino de Moraes";


• • "Umbanda Popular" - Que era praticada antes de Zélio e conhecida como Macumbas ou Candomblés de Caboclos; onde podemos encontrar um forte sincretismo - Santos Católicos associados aos Orixas Africanos";


• • "Umbanda Branca e/ou de Mesa" - Com um cunho espírita - "kardecista" - muito expressivo. Nesse tipo de Umbanda, em grande parte, não encontramos elementos Africanos - Orixás -, nem o trabalho dos Exus e Pomba-giras, ou a utilização de elementos como atabaques, fumo, imagens e bebidas. Essa linha doutrinaria se prende mais ao trabalho de guias como caboclos, pretos-velhos e crianças. Também podemos encontrar a utilização de livros espíritas - "kardecistas - como fonte doutrinária;


• • "Umbanda Omolokô" - Trazida da África pelo Tatá Trancredo da Silva Pinto. Onde encontramos um misto entre o culto dos Orixás e o trabalho direcionado dos Guias;


• • "Umbanda Traçada ou Umbandomblé" - Onde existe uma diferenciação entre Umbanda e Candomblé, mas o mesmo sacerdote ora vira para a Umbanda, ora vira para o candomblé em sessoes diferenciadas. Não é feito tudo ao mesmo tempo. As sessões são feitas em dias e horários diferentes;


• • "Umbanda Esotérica" - É diferenciada entre alguns segmentos oriundos de Oliveira Magno, Emanuel Zespo e o W. W. da Matta (Mestre Yapacany), em que intitulam a Umbanda como a Aumbhandan: "conjunto de leis divinas";


• • "Umbanda Iniciática" - É derivada da Umbanda Esotérica e foi fundamentada pelo Mestre Rivas Neto (Escola de Síntese conduzida por Yamunisiddha Arhapiagha), onde há a busca de uma convergência doutrinária (sete ritos), e o alcance do Ombhandhum, o Ponto de Convergência e Síntese. Existe uma grande influência Oriental, principalmente em termos de mantras indianos e utilização do sanscrito;


• • "Umbanda de Caboclo" - influência do cultura indígina brasileira com seu foco principal nos guias conhecidos como "Caboclos";


• • "Umbanda de pretos-velhos" - influência da cultura Africana, onde podemos encontrar elementos sincréticos, o culto aos Orixás, e onde o comando e feito pelos pretos-velhos;


• • Outras formas existem, mas não têm uma denominação apropriada. Se diferenciam das outras formas de Umbanda por diversos aspectos peculiares, mas que ainda não foram classificadas com um adjetivo apropriado para ser colocado depois da palavra Umbanda.

REIKI

Reiki é uma técnica de cura natural, tão simples quanto potente, que ajuda a restaurar nosso estado original de equilíbrio e de saúde de uma forma integral, ou seja, atua simultaneamente nos nossos corpos físico, emocional, mental e espiritual.

Ao reconectar nossa energia vital individual à energia cósmica universal, o Reiki ajuda tanto nos tratamentos dos males físicos quanto nos estresses emocionais, como no nosso desenvolvimento espiritual.


O conhecimento do Reiki está dividido em três etapas (ou Níveis), cada uma delas correspondendo a um seminário de oito horas, onde, além da transmissão da técnica, é realizada uma sintonização (ou iniciação) para a abertura energética e a habilitação de sua prática.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Tradição Cigana


A tradição Cigana vem de um povo que nos ensinam, a força interior, que carregam dentro de si, são luz, inspiração, energia e amor. Aprendem desde cedo os dons mágicos das palavras e do respeito. São místico, alegre, integro e fiel a sua tradição. Embora encontramos diferenças de clã para clã ( de família para família ) quando encontram com outros clãs percebem que são todos iguais na essência e na alegria. São eternos estrangeiros, por onde passam desenvolvem a sua religiosidade, a ética e deixam o precioso amor a liberdade e a natureza, seus conhecimentos e a arte de viver.Não se sabe ao certo a origem deste povo tão misterioso e místico, conhecido por vários nomes, entre eles:Gypsies, Gitanos, Zíngaros, Rom e Sintos. Mas são também denominados o “Povo das Estrelas”.


Um dos fatores que mais dificulta a identificação de sua origem é o fato de o Idioma Romani ser uma linguagem somente oral e não escrita. E isso permanece até nos dias atuais. No entanto devido à ser parecido com o Sânscrito – um dos mais antigos idiomas do mundo.


Acredita-se que sua origem provém da Índia, pois esse era o idioma escrito falado neste país há mais ou menos 3.000 anos a.C.; data esta que coincide com os registros mais antigos já encontrados sobre este povo.


Constam nos registros que apareceram há mais de 3.000 anos, ao Norte da Índia, na região de Gujaratna localizada margem direita do Rio Send e de onde foram expulsos por invasores árabes. Desde então partiram em busca de uma nova pátria espalhando-se pelo mundo. Além deste fator, há outros pontos em comum entre os ciganos e os hindus que são levados em conta.


A aparência física, pele morena e a maneira de vestir-se com roupas coloridas. A forte religiosidade presente entre ambos os povos que partilham crenças similares como, por exemplo, a existência de um Deus Uno e Absoluto, a existência da vida após a morte, a reencarnação, além de uma postura rígida diante das normas de comportamento que devem ser devidamente observadas.


São características que levam os estudiosos a acreditarem que o berço do povo cigano está realmente na índia.


Entretanto isso não prova absolutamente nada, pois os povos absorvem as culturas e costumes dos lugares onde vivem e isso não quer dizer que são nativos desta região.


No momento, o que nos interessa é absorver um pouco da rica cultura deste povo, que apesar de desconhecer sua própria origem, não desconhece a sabedoria de seus ancestrais, pois esta sobreviveu a guerras, expulsões, separações e até mesmo ao tempo. Esta sabedoria foi passada de boca a boca de pais para filhos, mas, absorvidas não somente com a mente por cada um deles, mas também com o coração que fez com que fizessem respeitar, seguir e amar as suas tradições. E, é por isso que um cigano é reconhecido em qualquer parte do mundo. Talvez o fato de não ter uma origem conhecida os torna cidadãos do mundo!


Nascimento:


os ciganos gostam de crianças, mas a preferência é dos meninos que dão o orgulho ao pai de dar continuidade ao nome da família. Assim que a criança nasce, a avó ou a pessoa mais idosa da família prepara um pão, parecido a uma hóstia e um vinho para oferecer ás três fadas do destino, que visitarão a criança no terceiro dia, para designar sua sorte. Esse pão e vinho serão repartidos no dia seguinte com todas as pessoas presentes, principalmente com as crianças. O bebê recebe um patuá assinalado com uma cruz bordada ou desenhada contendo incenso, que serve para afugentar maus espíritos. O batismo pode ser feito por qualquer pessoa do grupo e consiste em dar o nome e benzer a criança com água, sal e um galho verde.

 


Casamento:


Geralmente os casamentos resultam de acordos feitos entre os pais dos noivos que decidem unir suas famílias e prometem seus filhos desde pequenos. As meninas são vendidas aos pais dos meninos que compram uma esposa para o filho e costumam pagar em moedas de ouro o valor estipulado pelo pai da noiva. Quando os filhos atingem a maturidade celebra-se então a cerimônia de casamento.


Os noivos que não podem ter nenhum tipo de intimidade antes do casamento. Permanecem separados os três primeiros dias e duas primeiras noites. Caso a noiva não seja virgem, ela pode ser devolvida para os pais e esses terão que pagar uma indenização para os pais do noivo. Se a noiva for virgem, na manhã seguinte da consumação do casamento ela se veste com uma roupa tradicional colorida e um lenço na cabeça, simbolizando que é uma mulher casada. O casamento representa a continuidade da raça, por isso não é permitido em hipótese alguma casar com uma pessoa que não seja cigana. Quando isso acontece o cigano é excluído do grupo.






Morte:

Os ciganos acreditam na vida após a morte e seguem todos os rituais para aliviar a dor de seus antepassados que partiram. Costumam colocar no caixão da pessoa morta uma moeda para que ela possa pagar o canoeiro a travessia do grande rio que separa a vida da morte. Acreditam também que a pessoa continua rodeando e amparando os que deixaram no mundo dos vivos. E se uma pessoa morrer com ódio no coração vagará sem destino pelo universo. Segundo as tradições desse povo, a mesma impureza que a criança traz ao nascer e desaparece no batismo, é encontrada na pessoa que morre. Por isso, todos os pertences do morto devem ir junto com ele. Algumas tribos costumam queimar os pertences do falecido. O luto pela perda de um ser querido dura em geral muito tempo. A Pomána é um banquete fúnebre celebrado a cada trinta dias da morte de uma pessoa até completar um ano. Na cerimônia oferecem água, flores, frutas e suas comidas e bebidas prediletas em abundância com a intenção de exprimir o desejo de paz e felicidade para o defunto.


Acreditam que a alma da pessoa participa da cerimônia e gradativamente vai se libertando das coisas mundanas. Os ciganos costumam fazer oferendas aos seus antepassados também nos túmulos.



Extraído de :groups.msn.com/Osseteelementos