terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Marinheiro



Marinheiro na Umbanda são entidades geralmente associada aos marujos,
que em vida empreendiam viagens pelos mares, enfrentando toda sorte de
infortúnios.

Ótimos guias para desmanche de feitiçaria, os marinheiros trazem com
seu jeito alegre a dispersão de fluidos oriundos do baixo astral,
bebericando sua cerveja, rum ou cachaça apesar de seu modo cambaleante,
estão mantendo o equilibrio encimando ondas vibratórias densas que
emanam de entidades maléfica, tratando todos guias e consulentes de
mano, sao entidades irmanadas no auxilio mútuo ao próximo.

Os Baianos

Os Baianos são muito comunicativos e muito brincalhões…

Formam esta linha espíritos de pessoas que viveram no Estado da Bahia, ou Estados do nordeste próximos à Bahia.

Os baianos trabalham na orientação material ou espiritual, desmancham trabalhos de magia negativa, nos ajudam no desenvolvimento mediúnico, nos assuntos e desavenças matrimoniais, nos assuntos profissionais, etc.

Os baianos são muito comunicativos e muito brincalhões, usam bebidas alcoólicas e cigarros em seus trabalhos (não fumam os cigarros, fazem defumações com eles).

O baiano depois de um determinado período de comparecimento aos trabalhos, transforma-se em verdadeiro amigo e confidente e neles depositamos imensa confiança.

A origem dos baianos é normalmente a Quimbanda e são grandes conhecedores do que por lá é praticado.

Usam hoje esses conhecimentos no combate direto às forças do mal, desmancham feitiços, quebram demandas, etc.

Nunca andam sozinhos, o que os torna poderosos no combate ao mal.

Os baianos são poderosos aliados da Umbanda e grandes amigos de seguidores ou praticantes do culto.

Eles ajudarão qualquer pessoa em tudo o que for permitido praticar em nome de Deus, eles estarão sempre ao seu lado, desde que você não tenha má índole.

Quando uma pessoa não é correta e os procura pedindo ajuda, vão ouvir deles o que não gostam de ouvir.

Baiano não tem osso na língua, o que ele tiver que falar a uma pessoa, ele o fará, goste a pessoa ou não.

O objetivo dessa conduta é apenas um, ajudar aos homens a andar direito na vida.

Baiano de terreiro, como é chamado, “não pactua com enganadores” ao menos os baianos verdadeiros agem dessa forma, não fazendo conchavos de qualquer espécie.

A linha dos baianos sempre foi para nós de um valor imenso, a amizade que sempre demonstraram, os puxões de orelha que sempre nos deram na hora certa, corrigindo nossos defeitos e nossa conduta e as provas que sempre nos deram, sempre aumentaram a nossa fé, enfim, aos baianos devemos muito.

Um baiano muito famoso é conhecido na Umbanda como Zé Pelintra, a quem é dado o mérito de ter iniciado essa famosa linha na Umbanda, pelo menos o Zé Pelintra é o baiano mais famoso em nosso meio, não existe quem não o conheça, ao menos de nome.

Muitos dizem que o Zé Pelintra é um exu, nós não acreditamos nisso, na realidade se alguém se apresenta como Zé Pelintra e pratica magia negativa, ele não é um baiano verdadeiro e sim, um exu mistificador.

Os baianos não fazem mal a ninguém, muito ao contrário, são amigos de todos, sejam bons ou maus.Entre eles, existe uma amizade muito grande, um é irmão do outro.

A linha dos baianos não é propriamente só dos baianos, os espíritos com conhecimentos de magia que viveram nos Estados do nordeste, também comparecem a linha dos baianos, embora não tenham vivido sempre na Bahia.

Como exemplo, há poucos anos foi trazido a um trabalho de baianos, pelo baiano chefe de nossa casa, uma entidade que se apresentou como Salustiano, nitidamente um espírito de evolução mais baixa, que informou ter sido um cangaceiro, nascido na cidade de Exu em Pernambuco.

Porém, essa entidade embora não seja um baiano de origem, trabalha no meio deles e deixou isso claro cantando o seguinte ponto:

O meu pai foi do tumbeiro
Eu me criei lá no cangaço
Na cidade de Exu
Terra que dá muito macho
Me chamo Salustiano
E eu sei bem o que faço
É na linha de baiano
Vim aqui corta embaraço

Essa é a prova que nem todo baiano que se apresenta como tal, viveu na Bahia, podem ser pernambucanos, alagoanos, cearenses, etc.

Uma coisa só lhes é peculiar, todos eles quando encarnados eram praticantes da magia negativa.

Hoje usam esses conhecimentos para combater o mal, valendo-se da inversão dos pólos.

Consideramos a linha dos baianos, não somente uma linha de trabalhadores amigos e sim, uma das linhas mais fortes que existe na Umbanda.

Não conhecemos feitiço que não desmanchassem, não constatamos situação que não resolvessem.

CHICO BAIANO

É DA BAHIA MEU PAI

Ele nasceu Francisco, mas cedo virou Chico.

Nascido em família pobre viviam modestamente no sertão baiano, seus pais lavradores, seus nove irmãos, um velho cachorro que outrora era de caça, mas há muito tempo nada mais havia para caçar.

Chico vivia em meia a seca e a miséria do sertão.

Era um menino esperto e querido por todos do povoado.

Não tinha estudo, mas era esperto que só.

Estava sempre pronto a ajudar do jeito que fosse.

Mas por vezes Chico sumia e ninguém conseguia achar o menino.

Voltava no outro dia e encontrava pai e mãe desesperados, não raro apanhava por isso.

Contava que se embrenhava no mato e acabara por encontrar vários indiozinhos, com os quais fizera sólida amizade.

A família jamais acreditava nele, pois todos sabiam que índio por ali não tinha há décadas.

Outras vezes o menino vinha falando numa língua estranha, e o povo achava que tava ficando demente Chico sumia com bastante freqüência, e alem dos amigos indiozinhos imaginários agora dizia conhecer velhos escravos.

E de fato aquelas terras já haviam sido prosperas e muitos escravos passaram por lá, mas isso também acabara com o tempo.

E assim o menino Chico ia crescendo, e cada vez mais preocupando a família.

Será que o menino tava ficando louco?

Um dia a avó de Chico ficou doente, então o pai do menino mesmo tendo enorme dificuldade o trouxe para morar com eles “onde comem dez comem onze”.

Foi então aconteceu um fato que marcaria profundamente o menino.

Numa noite de lua sua vó passava muito mal, então ele se meteu no mato e quando voltou trazia consigo varias ervas, que pediu a sua Mãe para transformá-las em chá.

Sua vó tomou a beberagem e sarou por completo.

Para alegria de toda a família.

Mas como é que um menino de 7 anos poderia conhecer tais ervas?

Em sua inocência Chico confessou que foram seus amigos índios que lhe ensinaram.

Dessa vez ninguém ousou bater nele.

E sua vó que até então nada sabia das histórias, chamou Chico do lado e segredou:

“_ meu filho isso que tu vê não é ser vivente, mas espíritos que te acompanham, segue eles meu neto, pois são de luz, e se estão com tu é porque é de seu merecimento”.

E assim fez.

Chico sempre no mato onde ninguém sabia e lá foi aprendendo coisas.

O tempo passando ele já adolescente, ajudando e dando conselhos a toda gente, era mal de quebranto, era verme, era mal de amor, tudo vinha parar no pé de Chico.

A notícia se espalhou e muitos vieram ter com Chico e para todos, ele tinha um conselho, uma reza, uma planta.

Ate que o coronel dono das terras soube da historia e nada gostou.

Resolve ter com o pai do menino, disse que em suas terras feiticeiro não vivia e acompanhado de capangas exigiu: ou o menino se mudava ou ele expulsaria a família toda.

Não tendo escolha mesmo a contra gosto da família o jovem se foi numa noite estrelada, tendo como testemunha e companhia dos amigos que só ele via.

E assim foi seguindo sertão adentro, ajudando a quem quer que fosse e recebendo comida e amor como paga.

Não viu a infância passar, também nada percebeu da adolescência, e virou adulto sem perceber.

Não tinha conta de quantas cidades conhecia, foram anos de peregrinação e saudade da família, mas sabia que pai, mãe, a avó, e alguns irmãos já estavam no plano espiritual, pois em sonho sempre que alguém dos seus ia falecer ele via um homem com roupa de palha e uma linda mulher vestida de vermelho trazendo pela mão o parente que se ia.

E Chico chorava sozinho e pedia a DEUS proteção para eles.

Agora Chico se estabelecera numa casa de pau a pique no meio do mato.

E muita gente do local acorria ate ele, e sempre que isso acontecia, ele via seus amigos espíritos, e muitas vezes, via que eles entravam em seu corpo e ele a tudo assistia, maravilhado e agradecido.

E assim a fama do já então pai Chico se espalhava pelo sertão afora.

Hoje à noite está linda como a muito ele não via, seus amigos do mundo espiritual mostram que ele terá visita.

E assim ocorre; não tarda a aparece por lá um velho e rico senhor acompanhado de seu neto que esta muito doente e que doutor nenhum consegue lhe ajudar.

Chico percebe que o menino esta acompanhado de espíritos maus.

Mas ele pede força a Deus e aos seus mentores, e com rezas, folhas, e certos apetrechos, consegue como por milagre curar o menino.

O velho fazendeiro chora emocionado e só agora Chico percebe que ele não lhe é estranho.

Sim!Trata-se do fazendeiro que expulsou o então menino Chico de suas terras.

O homem também descobre isso e de joelhos pede perdão.

Chico emocionado diz ao velho homem que todos na terra merecem perdão e que não seria ele soldado de Oxalá a negar.

De tão contente o fazendeiro implora a Chico que volte para a velha fazenda e assuma parte das terras da fazenda.

E assim foi feito, ao retornar ele transformou a casa dos falecidos pais em um terreiro de Umbanda que funcionou ate o dia em que ele foi passear na mata para não mais voltar.

Ninguém achou o corpo dele e a noticia se espalhou: Chico se encantara!

Dizem que muitas pessoas em noite de lua ouvem o seu canto e suas rezas alegres.

O tempo passa rápido e Chico agora mora em Aruanda, tem muitos filhos que lhe servem de aparelho.

Incorpora em todos com amor e carinho e procura continuar levando avante a bandeira da caridade.

Na giras de Baiano ele é sem duvida uma das entidades mais alegres e prestativas.

Tem especial predileção por uma moça filha de Oxum que ele sabe ser ótima médium e carregar linda baiana; e embora a moça tema a incorporação, tem missão e logo será também médium ao lado do pai que é cavalo de Chico Baiano.

E assim segue a Umbanda com seus espíritos de luz e sempre prestando a caridade.

SARAVA A BAIANADA

SALVE CHICO BAIANO!!!

Autor: Cássio Ribeiro

Indicação do Texto da Loja: Casa de Umbanda Zezinho Baiano

Baianos



...Os fundadores da Umbanda são caboclo e preto-velho, que no astral fizeram escola, com o tempo se assentaram ao seu lado outros povos de trabalho, vemos hoje muito bem assentados dentro do contexto Umbandista as figuras do boiadeiro, marinheiro, baiano e cigano além das crianças, exú e pomba-gira.


... Todos são excelentes trabalhadores e cada "grupo de trabalho" tem a sua maneira de atuar, no astral a linha de trabalho (povo a que pertence) e o nome que eles carregam representa respectivamente o grau e a força em que a entidade guia está assentada.

... No caso os Baianos formam uma corrente de entidades que ao desencarnar, apesar da afinidade com o culto ao Orixá (muitos foram sacerdotes), não tinham o grau de preto-velho, estabeleceram uma egrégora de trabalhadores do astral que com o tempo reconhecida pela Umbanda passaram a ter a oportunidade do trabalho ativo e incorporante, acharam por bem batizar como linha dos Baianos como homenagem a origem dos primeiros formadores desta corrente e a Terra que tão bem acolheu o Orixá no Brasil.

... São muito ativos, despachados e descontraidos. Bons orientadores e doutrinadores, tem facilidade em lidar com o desmanche dos trabalhos de kimbanda e magia negra. Usam colares de cocos e sementes.Tendo na sua forma de trabalhar muito das qualidades de Iansã, por serem movimentadores e irriquietos, combinam esta forma de trabalhar com sua natureza onde cada um se mostra regido por um Orixá diferente assim trazendo para a gira a força das sete linhas da Umbanda.

...Suas oferendas podem ser feitas ao pé de um coqueiro ou no ponto de força do Orixá que rege o baiano a ser oferendado. Gostam de festas comidas tipicas da Bahia e batida de coco.

...Como comprimento dizemos simplesmente: "É da Bahia meu Pai...Salve a Bahia" ou simplesmente "Salve os baianos".

Baiano


Durante muitos anos a linha dos baianos foi renegada e os trabalhos
feitos com ela eram vistos com restrições.

Dizia-se que por não ser uma linha diretamente ligada às principais, era inexistente, formada por espíritos zombeteiros e mistificadores.

Aos poucos eles foram chegando e tomando conta do espaço que lhes foi dado pelo astral e que souberam aproveitar de forma exemplar.

Hoje se tornaram trabalhadores incansáveis e respeitados, tanto que é cada vez maior o número de baianos que está assumindo coroas em várias casas.

A alegria que essa gira nos traz é contagiante.

Os conselhos dados aos consulentes e médiuns demonstram uma firmeza de caráter e uma força digna de quem soube aproveitar as lições recebidas.

Atualmente já temos o conhecimento de que fazem parte de uma sublinha e nessa
designação podem vir utilizando qualquer faixa de trabalho energético, ou seja, podem receber vibrações de qualquer das sete principais.

Têm ainda um trânsito muito bom pelos caminhos de exu, podendo trabalhar na esquerda a qualquer momento em que se torne necessário.

Cientes dessa valiosa capacidade, sempre contamos com eles para um desmanche de demanda ou mesmo sérios trabalhos em que a magia negra esteja envolvida.

Com eles conseguimos resultados surpreendentes.

Os que não admitem essa linha como vertente umbandista defendem sua posição criticando o nome que esses espiritos escolheram para seu trabalho.

Já ouvi coisas do tipo "Daqui a pouco teremos linhas de cariocas, sergipanos, etc."

Esquecem eles que a Bahia foi escolhida por ser o celeiro dos orixás.

Quando se fala nesse estado, nossos pensamentos são imediatamente remetidos
para uma terra de espiritualidade e magia.

O povo baiano é sincrético é ecumênico ao extremo, nada mais natural que sejam escolhidos para essa homenagem de lei que é como se deve ver a questão.

Vale ainda lembrar que nem todos os baianos que vêm à terra realmente o foram em suas vidas passadas, esses espiritos agruparam-se por afinidades fluídicas e dentre eles há múltiplas naturalidades.

É evidente que no inicio a Umbanda era formada por legiões de caboclos, preto-velhos e crianças, mas a evolução natural acontecida nestes anos todos fez com
que novas formas de trabalho e apresentação fossem criadas.

Se a terra passa por constantes mutações porque esperar que o astral seja
imutável?

O que menos interessa em nosso momento religioso são essas picuinhas criadas por quem na verdade, não defende a Umbanda, quer apenas criar pontos polêmicos desmerecendo aqueles que praticam a religião como se deve, dentro dos terreiros, onde abraçamos a todos os amigos espirituais da forma como se apresentam.

Autoria Desconhecida

Liz Hermann

Comunidade da Liz Hermann no Orkut é:
http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=43229308

CD UMBANDA EM NÓS (Liz Hermann)

- Salve os Baianos –
http://www.youtube.com/watch?v=BlTHBLFu4Hc

- Patuá de Oxalá –
http://www.youtube.com/watch?v=c2ZvwT4JRxM

- Jorge Guerreiro –
http://www.youtube.com/watch?v=u7HGIGUukIU

- Odoyá – Yemanjá –
http://www.youtube.com/watch?v=szgubsrCVMg

- Roda de Sinhá –
http://www.youtube.com/watch?v=hp58XD1Owmo


PONTOS DE OXOSSI (Domínio Público)

- Pontos de Oxossi 1 –
http://www.youtube.com/watch?v=8EJZ5X76iXA

- Pontos de Oxossi 2 –
http://www.youtube.com/watch?v=RRMhJO8abrc

- Pontos de Oxossi 3 –
http://www.youtube.com/watch?v=pJKEIidrhIs

- Pontos de Oxossi 4 –
http://www.youtube.com/watch?v=MFAwOZYxhuw

- Pontos de Oxossi 5 –
http://www.youtube.com/watch?v=H8yzTdV6Pkw


HOMENAGEM À CABOCLA JUREMA (Liz Hermann)

- Saudação a Jurema –
http://www.youtube.com/watch?v=Z2wl31UFO1U


SHOWS AO VIVO (Liz Hermann)

- Marear Marinheiro –
http://www.youtube.com/watch?v=iDTjXbFRcZM

- Dona da Pureza –
http://www.youtube.com/watch?v=kq5uUBJbM1A

- Eu vou, Eu vou –
http://www.youtube.com/watch?v=IKiExySLpHA

- Rainha do Poder –
http://www.youtube.com/watch?v=QZTq5uNwKQE

- Cantos Ciganos –
http://www.youtube.com/watch?v=QcmVXk75U9Q

- Alegria de Erê –
http://www.youtube.com/watch?v=mkIocYvAeNQ

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Sobre a Incorporação de Exu

Exu e Pomba Gira quando incorporados em seus médiuns, podem se apresentar de duas maneiras básicas: alegres ou sérios.

Mas mesmo na alegria não há desrespeito ou comportamentos inadequados a um templo religioso.

E ainda vou mais longe, e o que vou dizer agora visa justamente desmistificar outro mito ligado a Exu.

Quando o Exu é deselegante o médium também o é, só que disfarça quando não está “incorporado”.

Esse médium invigilante e portador de moral duvidosa ao receber a energia de incorporação de Exu (que começa a se dar através da aproximação do mesmo), por ser uma energia bastante similar a nossa e justamente por estar mais próxima a crosta terrestre, onde o combate com o Astral Inferior se dá, passa a dar vazão aos seus sentimentos menores, influenciando e interferindo diretamente na incorporação do Exu, que assiste a tudo desconsoladamente.

Transferindo para Exu sentimentos e comportamentos que são seus.

Isso não chega a ser mistificação, ou seja, fingimento, porque existe a energia de Exu ao lado ou perto do médium.

A mistificação envolve o fingimento puro e simples, sem envolvimento de energia ou proximidade de entidade alguma.

Mas trata-se de animismo.

A incorporação de Exu e Pomba Gira envolve a manipulação energética de chacras inferiores, e o que acontece no caso descrito acima é que o médium deliberadamente utiliza mal essa energia.

Digo deliberadamente, porque isso envolve intenção, moral e mal aproveitamento da energia de Exu.

Com a continuidade da insistência do médium em se utilizar dessa energia para a manifestação de seus desejos e aspectos menores, em pouco tempo há a queda do médium…

O Exu se arranca e fica o que?

Kiumba que assume o nome do Exu e aumenta os desvarios…

E o médium não percebe porque no fundo usa a influência do kiumba (aliás, um usa o outro) para brigar com a mulher, encher a cara de cachaça, falar palavrão, fazer pedidos de oferendas nas encruzilhadas da vida, matança de animais e outras aberrações.

Cabe a direção da Casa coibir veementemente esses comportamentos no seu nascedouro, ou seja, no médium e assim que começam acontecer.

Chamando-o a realidade, orientando e desestimulando atitudes desse tipo.

Tentando recuperar o médium.

Mas se for o caso não deve pestanejar em tomar medidas drásticas para a solução do problema.


Fonte:
http://www.caboclopery.com.br/mensagens

UMBANDA QUEM ÉS?

Umbanda, quem és?

Sou a fuga para alguns, a coragem para outros.

Sou o tambor que ecoa nos terreiros, trazendo o som das selvas e das senzalas.

Sou o cântico que chama ao convívio seres de outros planos.

Sou a senzala do preto velho, a ocara do bugre, a cerimônia do pajé; a encruzilhada do exu, o jardim da ibeijada, o nirvana do hindu e o céu dos orixás.

Sou o café amargo e o cachimbo do preto velho, o charuto do caboclo e do exu;o cigarro da pomba-gira e o doce do ibeji.

Sou gargalhada da padilha, o requebro da cigana, a seriedade do tranca-rua.

Sou o sorriso e a meiguice de maria conga e de cambinda; a traquinada de mariazinha da praia e a sabedoria de urubatão.

Sou o fluído que se desprende das mãos do médium levando a saúde e a paz.

Sou o isolamento dos orientais onde o mantra se mistura ao perfume suave do incenso.

Sou o templo dos sinceros e o teatro dos atores.

Sou livre.

Não tenho papas.

Sou determinada e forte.

Minhas forças?

Elas estão no homem que sofre e que clama por piedade, por amor, por caridade.

Minhas forças estão nas entidades espirituais que me utilizam para seu crescimento.

Estão nos elementos.

Na água, na terra, no fogo e no ar; na pemba, na tuia, na mandala, do ponto riscado

Estão finalmente na tua crença, na tua fé, que é o elemento mais importante na minha alquimia

Minhas forças estão em ti, no teu interior, lá no fundo na última partícula da tua mente, onde te ligas ao criador

Quem sou?

Sou a humildade, mas cresço quando combatida.

Sou a prece, a magia, o ensinamento milenar, sou cultura.

Sou o mistério, o segredo, sou o amor e a esperança.

Sou a cura. Sou de ti.

Sou de Deus

Sou umbanda.

Só isso.

Sou Umbanda!

Frase

"Você que fala da Umbanda
Não sabe o que a Umbanda é
A Umbanda é força divina
A Umbanda é pra quem tem fé.
A Umbanda é de Preto-Velho
E de Caboclo de pé no chão
A Umbanda é de gente humilde
Pois a Umbanda é amor e perdão"

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Pequeno Dicionário Umbandista

A

Abaré: Médium já desenvolvido.

Abaré-Guassu: Grande trabalho.

Abaré-Mirim: Médium em início de desenvolvimento.

Alguidar: Vasilha de barro onde se coloca comida votiva.

Aldeia: Terreiro; Templo; É o conjunto de pessoas nele contida (caboclo).

Amassi ou Amaci: Líquido preparado de folhas sagradas, maceradas em água, deixando repousar durante sete dias. É destinado a banhar a cabeça dos médiuns. As folhas são do orixá chefe do templo e as de Ossain.

Amarrado: Estado do indivíduo atingido por vibrações maléficas, que prejudicam sua vida, seus negócios.

Amuleto: Objeto com finalidade protetora (poder passivo), que se traz pendurado ao pescoço, consigo na roupa, guardado no bolso, na bolsa ou em casa. Considera-se que tenha o poder de afastar os maus fluídos que trazem doenças, má sorte, morte, etc. Pode ser medalha, figura, inscrição ou objetos, dentro de um saquinho ou qualquer objeto “preparado”, para defesa, de qualquer material: pedra, marfim, madeira, metal, pano, etc.

Aparelho: Designa a pessoa que serve de suporte para a “descida” do orixá ou da entidade do médium.

Aruanda: Céu; lugar onde mora os orixás e as entidades superiores.

Ajeum: Nome dado para as comidas votivas servidas dentro do terreiro.

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B

Babá: Termo que entra em grande número de palavras, com diferentes significados. No sentido de pai, compõe o nome de diferentes sacerdotes: Babalorixá; Babaojê; Babalaô; Babalossain; etc. Chefe feminino nos templos de umbanda; títulos de Orixá nos candomblés.

Babalorixá: Chefe masculino de terreiro; Sacerdote de candomblé; ou de umbanda (a umbanda também o usa = Babalaô). Denominado popularmente “pai-de-santo”, dirige tanto o corpo administrativo como o sacerdotal. Substitui o Axogum; pode colher as ervas sagradas. Orienta a vida espiritual da comunidade religiosa.

Baixar: possuir por parte do orixá ou entidade, o corpo de um filho ou filha de santo.

Banda: Lugar de origem de entidade.

Breve: Espécie de patuá; pequeno envelope de pano ou couro, contendo uma oração ou imagem de santo. Usado como proteção.

Burro: Termo usado pelos exus incorporados para designar o médium.

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C

Cabeça Maior: Pessoa de alta hierarquia no templo.

Cabeça de Legião: Exus batizados e que controlam os mais atrasados.

Calunga Grande: Mar; oceano.

Calunga Pequena: Cemitério.Canzuá: Terreiro, Templo, Local.

Capangueiro: Termo usado no sentido de companheiro.

Caricó: Templo, Terreiro.

Carregado: Pessoa que está com má vibrações espirituais, o que é demonstrado por mal-estar, medo sem causa, etc.

Caruruto: Charuto.Casa das Almas: Pequeno cômodo com velas, cruzes. Alguns templos colocam a imagem de Obaluaiê.

Casa Limpa: Templo livre de más influências e de demandas.

Catimbozeiro: Termo para chefe de catimbó, no sentido de feiticeiro terrível.

Cavalo: Pessoa que serve de suporte para os orixás ou entidades. É o médium.

Cera dos Três Reinos: 1: Carnaúba; 2: Abelha; 3: Parafina. São empregadas para trabalhos de umbanda. 1: Reino Vegetal; 2: Reino Animal; 3 Reino Mineral.

Chefe de Cabeça: Entidade guia protetora do médium.

Chefe de Falange: entidade espiritual muito evoluída. Já livre de reencarnação. Que serve como guia a um conjunto de espíritos também adiantados e vibrantes em umamesma corrente espiritual.

Chefe de Terreiro: O mesmo que dirigente espiritual.

Chefe de Legião: Entidade de grande evolução espiritual, que “descem” nos terreiros representando orixás, dentro de suas linhas ou correntes vibratórias.

Choque de Retorno: Ação de voltarem as más vibrações de um feitiço. Atingindo quem o fez ou encomendou.

Coité: Fruto do coitezeiro – seco ou partido com o meio pintado por dentro e por fora (cuia). Alguns usam coco, outros cabaça.

Compadre: Designação para Exu.

Consulta: Cerimônia dos clientes para resolver seus problemas.

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D

Dar Firmeza ao Terreiro: Riscar ponto na porteira, sob o altar, defumar, cantar pontos, etc. São feitas antes de uma sessão, para afastar ou impedir a entrada de más influências espirituais.

Dar Passagem: Ato do orixá ou guia deixar o médium para que outra entidade nele se incorpore.

Dar passes: Até da entidade, através do médium incorporado, emitir vibrações que anulem as más influências sofridas pelos clientes, através de feitiço, olho gordo, inveja, etc. E que abrem os caminhos.

Demanda: Desentendimento, lutas entre orixás ou entidades, entre terreiros, entre pessoas de um terreiro.

Descarga: Ação de afastar do corpo de alguém ou de um ambiente, vibrações negativas ou maléficas por meio de banhos, passes, defumação, queima ou pólvora.

Descarregar: Livrar alguém de vibrações maléficas ou negativas.

Descer: Ato de orixá ou entidade incorporar.

Desencarnar: Ato do espírito da pessoa deixar o corpo – morrer.

Desenvolvimento: Aprendizado dos iniciados para melhoria de sua capacidade mediúnica; com a finalidade de incorporação de entidades. Não cair no chão, controlar o transe, etc.

Despachar: Colocar, arriar em local determinado pelos orixás ou entidades – guias, os restos de oferendas.

Despachar Exu: Enviar exu por meio de oferendas (de bebidas, comidas, cânticos e sacrifício animal), para impedir de perturbar a cerimônia.

Despacho: Oferenda feita a exu com a finalidade de enviá-lo como mensageiro aos orixás e de conseguir sua boa vontade, para que a cerimônia a ser feita, não seja perturbada. Oferta feita por terreiros de Quimbanda com a finalidade de pedir o mal para alguém, geralmente colocado em encruzilhada. Oferenda a exu com finalidade dedesfazer trabalhos maléficos. Colocação no mato, nos rios, etc. das oferendas votivas trocadas no templo por outras novas

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E

Encarnação: Ato de vir um espírito à vida terrestre, tomando um corpo, ou voltar num corpo novo e continuar sua evolução espiritual.

Encosto: Espírito de pessoas mortas. Que se junta a uma pessoa viva, conscientemente ou não, prejudicando-a com suas vibrações negativas.

Encruza: Ritual realizado pelo dirigente espiritual antes do início das sessões e que consiste em traçar cruzes com pemba na testa, nunca no peito.

Encruza: Local onde habitam os exus; é o cruzamento dos caminhos, vias férreas, ruas, etc.E

ngira: O mesmo que gira – trabalho – sessão.

Entidades: Seres espirituais na umbanda.

Escora: Pessoas que suporta os atabaques de espíritos obsessores sem ser prejudicados.

Espírito de Luz: Espírito muito desenvolvido, é superior, é puro.

Espírito sem Luz: Espírito inferior, pouco evoluído, apegado ainda à matéria.

Espíritos Obsessores: Espíritos sem nenhum desenvolvimento espiritual, que se apossam das pessoas, fazendo-as sentirem doentes, prejudicando-as em todos os sentidos.

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F

Falange: O mesmo que legião, conjunto de seres espirituais que trabalham dentro de uma mesma corrente (linha). Subdivisão das linhas de umbanda, cada uma com suas funções definidas e dirigidas por um “chefe” – espírito superior.

Fechar a Gira: Encerrar uma sessão ou uma cerimônia em que tenha havido formação de corrente vibratória.

Fechar a Tronqueira: Fechar o terreiro às más vibrações dos quiumbas, por meio de defumação e aspersão de aguardente nos quatro cantos do local onde se realizará o culto.

Feitiço: Irradiação de forças negativas, maléficas contra alguém, despacho, objeto que contém vibrações maléficas para atingir a quem tocar.

Filho de Fé: Designação do médium iniciante ou não.Firmar: Concentrar-se para a incorporação.

Firmar Porteira: Riscar a entrada do templo, um ponto especial para protegê-lo de más influências ou fazer defumação na entrada, firmar = dar segurança.

Firmar Anjo da Guarda: Fortalecer por meio de rituais especiais e oferendas de comida votivas e orixá patrono do médium.

Firmar Ponto: Cantar coletivamente o ponto (cântico) determinado pela entidade que vai dirigir os trabalhos para conseguir uma concentração da corrente espiritual.

Firmeza: O mesmo que segurança, conjunto de objetos com força mística (axé); que enterrados no chão protegem um terreiro e constituem sua base espiritual.

Fluídos: Emanações positivas ou negativas, das forças cósmicas que podem ser manejadas por agentes espirituais para o bem ou para o mal.

Força Espiritual: Poderes e conhecimento que um médium tem quando em transe e quando as entidades que o protege têm. Grande poder, são fortes e importante no mundo astral.

Fundamentos: Leis de umbanda, suas crenças.

Fundanga: Pólvora.

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G

Gira: Sessão religiosa, com cânticos e danças para cultuar as entidades espirituais.

Gira de Caboclo: Sessão religiosa, o mesmo que gira; só que voltada única e exclusivamente para a linha de caboclo.

Guia: Colar ritualístico especial para cada entidade.
Guia de Cabeça: Orixá ou entidade principal do médium, seu protetor.

Guia de frente: O mesmo que guia de cabeça.Entidade espiritual, espírito superior. Alguns são o guia protetor do templo, outros do médium. Geralmente o guia do terreiro incorpora no dirigente espiritual do templo.

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H

Homem das Encruzilhadas: Exu.

Homem de Rua: Exu

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I

Incorporação: Transe, possessão mediúnica.

Incorporar: Entrar em transe “receber” a entidade

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L

Legião: Exercício de seres espirituais, o mesmo que falange. Conjunto de seres espirituais de grande evolução, conjunto de espíritos elementares (exus) em evolução.Lei da Umbanda: A crença da umbanda e seus rituais.

Linha: Faixa de vibração, dentro da corrente vibratória espiritual. Um orixá também chamado protetor e que é chefe dos seres que vibram e atuam nessa faixa. Conjunto de falanges e que se subdivide uma faixa vibratória. Conjunto de representações (corporal, dança, cores, símbolos) e rituais (comidas, bebidas, dia da semana), etc.;de cada orixá ou entidade. Conjunto de cerimônias rituais de determinado tipo. Ex. linha de umbanda, linha branca, etc.

Linha Branca: Ritual visando unicamente o bem.

Linha Cruzada: Ritual com influência de duas ou mais procedências.

Linha das Almas: Corrente vibratória que congrega os espíritos evoluídos de antigos escravos africanos.

Linha de Cura: Ritual que se ocupa mais com a cura física e espiritual do adepto, do que com o culto às divindades.

Linha do Oriente: Congrega espíritos que viveram em povos do oriente.

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M

Macaia: Folhas sagradas. Local das matas onde se reúnem os terreiros.

Macumba: Antigo instrumento musical usado outrora nos terreiros afro-brasileiros. Nome que os leigos usam para denegrir a umbanda. Nome que os leigos usam para designar “despacho” de rua (pejorativo).

Madrinha: O mesmo que dirigente espiritual, Mãe de Santo, Babá sacerdotisa. Termo utilizado na Umbanda para designar à Entidade Espiritual e/ou Médium que foi escolhido por um Filho de Fé para batizá-lo.

Mandinga: Feitiço, encantamento, também praga rogada em voz alta.

Manifestação: Incorporação, transe mediúnico.

Manifestar: Ato do ser espiritual incorporar-se em alguém, tomar conta do corpo dealguém.

Marafo: Aguardente, termo muito usado pelos exus.

Matéria: Corpo, Parte material do homem, a mais afastada da pureza espiritual.

Médium: Pessoa que tem a Faculdade Especial de servir de intermediário entre o mundo físico e espiritual. Termo do espiritismo, adotado pela umbanda.

Mesa Branca: Denominação dada as sessões de espiritismo Kardecistas.

Mironga: Segredo, mistério.

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O

Orixá Cruzado: Entidade pertencente às duas linhas.

Orixá de Cabeça: Orixá principal do médium.

Orixá de Frente: O mesmo que orixá de cabeça.

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P

Padrinho: dirigente espiritual, chefe de terreiro.

Pai de Santo. Babalorixá. Termo utilizado na Umbanda para designar à Entidade Espiritual e/ou Médium que foi escolhido por um Filho de Fé para batizá-lo.

Parati: Aguardente (Exu, Zé Pilintra).

Patuá: Amuleto que se leva pendurado ao pescoço ou pregado na roupa. Antigamente eram saquinhos de couro ou de pano, com boca amarrada com cordão metálico, junto a uma conta de vidro da cor da divindade protetora. Atualmente são de forma quadrada ou retangular, em couro natural ou sintético, mas cores rituais, contendo Figas de Guiné, Búzio, Estrela de Salomão, etc; ou pedaços de ervas as vezes orações.

PA =erradicar doenças, antídoto, TU = propiciar, WA = viver, existir (viver, sem doenças).

Perna de Calça: Significado homem na linguagem de exu e pretos velhos.

Pito: Cachimbo (pretos-velhos).

Ponteiro: Pequeno punhal utilizado em magias e diversos rituais.

Ponto Cantado: Letra e melodia de cântico sagrado, diferente para cada entidade. É uma prece evocativa cantada que tem por finalidade atrair as entidades espirituais, homenageá-las. Quando chegam e despedi-las quando devem partir. Assim os pontos podem ser apenas de louvor ou cantados com finalidades rituais durante determinadas cerimônias.

Ponto de Abertura: Cântico de abertura de uma sessão.

Ponto de Chamada: Cântico que invoca as entidades para virem aos templos.

Ponto de Defumação: Cantado enquanto é feita a defumação do ambiente e dos presentes.

Ponto Riscado: Desenho formado por um conjunto de sinais cabalísticos, que riscado com pemba ajuda a chamar a entidade ao mundo terreno. Quando riscado pelo médium incorporado identifica a entidade.

Porteira: Entrada do templo.

Povo da Encruza: Exus.

Povo de Rua: Exus.

Preceito: Determinação.

Prescrição feita para ser cumprida pelos fiéis.

Puxar o Ponto: Iniciar um cântico. É geralmente feito por um ogã.

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Q

Quartinhas: Vasilha de barro. Com alças é para feminino, sem abas orixá masculino.

Quebrar as Forças: Neutralizar o poder de qualquer feitiço, seja para o bem ou para o mal.

Quimbanda: Linha ritual da umbanda que pratica a magia negra. Essa linha é assim chamada pelos umbandistas da “Linha Branca” pois os praticantes se dizem apenas umbandistas. A Quimbanda, influenciada mais diretamente pelos negros Bantus, Angolas, Cambindas, Benguelas, Congos, Moçambiques, etc. Cultua os mesmos orixás e entidades que a umbanda “branca” mas trabalha principalmente com exus que são considerados espíritos desencarnados. Havendo entre eles os exus em evolução e os quiumbas, mediante encomenda, realizam feitiços que ou contra os feitiços. Visando favorecer ou prejudicar determinadas pessoas geralmente os terreiros de quimbanda chamada macumba para os leigos tem as mesmas características dos da linha de umbanda. Há congas com imagens de santos católicos representativos de orixás, imagens de caboclos e de pretos velhos tendo os exus (ou o exu chefe do terreiro) altar à parte, dentro do salão. As giras de exu são freqüentes na linha da umbandasão raras. Realizadas a partir da meia noite de 6a. feira. Exus e pombas giras danças, fumam charutos ou cigarrilhas, bebem marafo, dizem gentilezas ou palavrões aos assistentes e dão consultas, sobre saúde ou problemas pessoais. A cortina do conga fica fechada. A quimbanda cultua muito Omolu, orixá ligado a terra e à morte. No cemitério é feita uma parte da iniciação de muitos quimbandeiros, devendo o iniciado, deitar algumas horas sobre um túmulo entre velas e cantigas do dirigente e iniciados do terreiro, tendo de cumprir antes e depois diversas obrigações, as roupas em geral são as mesmas da linha da umbanda, havendo porém muito uso do vermelho e preto, cores de Exu e de Omolu. São muitos usados em trabalho com pólvora, pós e ervas mágicas,galos e galinhas pretas. Os despachos são colocados em encruzilhadas em cruz (machos), ou em T (fêmea) com velas, flores e fitas vermelhas em alguidares. Não sendo negativos todos os despachos de rua. Há caboclos e pretos velhos que incorporam na quimbanda, dando consultas em giras separadas dos Exus.

Quiumbas: Espíritos atrasadíssimos que pertencem ao Reino da Quimbanda, são obsessores apossam-se dos humanos ou “encostam-se” neles, dando-lhes idéias obsedantes de doença, males suicídios, etc. São ainda mistificadores, fazendo-se passar por espíritos mais elevados. Chamados também “rabos de encruza”, estão nosétimo e último plano da hierarquia espiritual sendo vigiados e controlados pelos exus.

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R

Rabo de Saia: Mulher na linguagem dos pretos velhos e exus.

Receber: Dar informação a entidade espiritual, entrar em transe.

Receber Irradiação do Guia: Entrar em meio transe ou comunicar-se de algum modo com uma entidade superior.

Riscar Ponto: Fazer desenhos de sinais cabalísticos que representam determinadas entidades espirituais e que possuem poderes de chamamento das mesmas ou lhe servem de identificação.

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S

Sessão de Umbanda: Cerimônia, rituais geralmente com a finalidade de cura física e espiritual. Por meio de guias, após dança e toques, com o uso do ponto cantado e riscado, pólvora, aguardente, defumações. Também sessão de desenvolvimento, de aprendizado e aperfeiçoamento dos médiuns, sessões festivas, públicas, com toque deatabaque e danças.

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T

Tomar Passe: Receber das Mãos dos médiuns em transe vibrações da entidade, as quais retiram do corpo da pessoa os males provocados por vibrações negativas, provenientes de mau olhado, encosto, castigo das entidades, etc.

Tuia: Pólvora

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Fonte: Jornal Umbandista Irmãos de Fé.