quarta-feira, 16 de novembro de 2011

15 DE NOVEMBRO: PARABÉNS A NOSSA UMBANDA! 103 ANOS DE LUTA

Salve a Umbanda!




"Com os espíritos mais evoluídos aprenderemos!


Aos espíritos menos evoluídos ensinaremos.


E a nenhum espírito renegaremos!"


(Caboclo das 7 encruzilhadas)

Dia 15 de novembro comemoramos o dia da umbanda, devido a sua primeira manifestação no Brasil, vamos ler um pouco da historia.


"No final de 1908, Zélio Fernandino de Moraes, um jovem rapaz com 17 anos de idade, que se preparava para ingressar na carreira militar na Marinha, começou a sofrer estranhos "ataques".

Esses "ataques" do rapaz eram caracterizados por posturas de um velho, falando coisas sem sentido e desconexas, como se fosse outra pessoa que havia vivido em outra época.

Muitas vezes assumia uma forma que parecia a de um felino lépido e desembaraçado que mostrava conhecer muitas coisas da natureza.

Alguém da família sugeriu que "isso era coisa de espiritismo" e que era melhor levá-lo à Federação Espírita de Niterói, presidida na época por José de Souza.

No dia 15 de novembro, o jovem Zélio foi convidado a participar da sessão, tomando um lugar à mesa.


Saiu da sala indo ao jardim e voltando após com uma flor, que colocou no centro da mesa. Essa atitude causou um enorme tumulto entre os presentes.


O diretor dos trabalhos achou tudo aquilo um absurdo e advertiu-os com aspereza, citando o "seu atraso espiritual" e convidando-os a se retirarem.


Após esse incidente, novamente uma força estranha tomou o jovem Zélio e através dele falou:


"Porque repelem a presença desses espíritos, se nem sequer se dignaram a ouvir suas mensagens. Será por causa de suas origens sociais e da cor ?"


"Se julgam atrasados os espíritos de pretos e índios, devo dizer que amanhã (16 de novembro) estarei na casa de meu aparelho, às 20 horas, para dar início a um culto em que estes irmãos poderão dar suas mensagens e, assim, cumprir missão que o Plano Espiritual lhes confiou. Será uma religião que falará aos humildes, simbolizando a igualdade que deve existir entre todos os irmãos, encarnados e desencarnados."


História da umbanda
As raízes da Umbanda são difusas. Entretanto, podemos afirmar que ela foi criada em 1908 pelo Médium Zélio Fernandino de Moraes, sob a influência do Caboclo das Sete Encruzilhadas. Antes disso, já havia, de fato, o trabalho de guias (pretos velhos, caboclos, crianças, exus, etc), assim como religiões ou simples manifestações religiosas espontâneas cujos rituais envolviam incorporações e o louvor aos orixás. Entretanto, foi através de Zélio que organizou-se uma religião com rituais e contornos bem definidos à qual deu-se o nome de Umbanda. Nesta época, não havia liberdade religiosa. Todas as religiões que apontavam semelhanças com rituais afros eram perseguidas, os terreiros destruídos e os praticantes presos.




Caboclo das sete Encruzilhada


Em 1945, José Álvares Pessoa, dirigente de uma das sete casas de Umbanda fundadas inicialmente pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, obteve junto ao Congresso Nacional a legalização da prática da Umbanda. A partir dai, muitas tendas cujos rituais não seguiam o recomendado pelo fundador da religião, passaram a dizer-se umbandistas, de forma a fugir da perseguição policial. Foi aí que a religião começou a perder seus contornos bem definidos e a misturar-se com outros tipos de manifestações religiosas. De tal forma que hoje a Umbanda genuína é praticada em pouquíssimas casas. Hoje, existem diversas ramificações onde podemos encontrar influências que utilizam a palavra Umbanda, como as indígenas (Umbanda de Caboclo), as africanas (Umbandomblé, Umbanda traçada) e diversas outras de cunho esotérico (Umbanda Esotérica, Umbanda Iniciática). Existe também a "Umbanda popular", onde encontraremos um pouco de cada coisa ou um cadinho de cada ancestralidade, onde o sincretismo (associação de santos católicos aos orixás africanos) é muito comum. Mantém-se na Umbanda o sincretismo religioso com o catolicismo e os seus santos, assim como no antigo Candomblé dos escravos, por uma questão de tradição, pois antigamente fazia-se necessário como uma forma de tornar aceito o culto afro-brasileiro sem que fosse visto como algo estranho e desconhecido, e, portanto, perseguido e combatido. Há discordância sobre as cores votivas de cada orixá conforme o local do Brasil e a tradição seguida por seus seguidores. Da mesma forma quanto ao Santo sincretizado a cada orixá. Alguns exemplos: Exu - Santo Antonio no rio de janeiro; Ogum - São Jorge OU Santo Antonio na bahia; Oxossi - São Sebastião; no Brasil, São Jorge na bahia; Xangô - São Jerônimo,São João Batista, São Miguel Arcanjo Iemanjá - Nossa Senhora dos Navegantes; Oxum - Nossa Senhora da Conceição; Yansan - Santa Bárbara; Omulu - São Roque; Obá - Santa Rita de Cássia, Santa Joana d'Arc Obaluaê - São Lázaro; Nanã - Sant'Anna; Egunitá - Santa Sara Kali, Oxalá - Divino Jesus Cristo, o Ser Cristalino.




Os fundamentos


Os fundamentos da Umbanda variam conforme a vertente que a pratique. Existem alguns conceitos básicos que são encontrados na maioria das casas e assim podem, com certa ressalva e cuidado, ser generalizados para todas as formas de Umbanda. São eles: A existência de uma fonte criadora universal, um Deus supremo, chamado Olorum, Zambi ou Oxala; A obediência aos ensinamentos básicos dos valores humanos, como: fraternidade, caridade e respeito ao próximo. Sendo a caridade uma máxima encontrada em todas as manifestações existentes; O culto aos orixás como manifestações divinas, em que cada orixá controla e se confunde com um elemento da natureza do planeta ou da própria personalidade humana, em suas necessidades e construções de vida e sobrevivência; A manifestação dos Guias para exercer o trabalho espiritual incorporado em seus médiuns ou "aparelhos"; O mediunismo como forma de contato entre o mundo físico e o espiritual, manifesta de diferentes formas; Uma doutrina, uma regra, uma conduta moral e espiritual que é seguida em cada casa de forma variada e diferenciada, mas que existe para nortear os trabalhos de cada terreiro; A crença na imortalidade da alma; A crença na reencarnação e nas leis cármicas; [editar] Um Deus único e superior Deus, em sua benevolência e em sua força emana de si e através dos orixás e dos guias (espíritos desencarnados) seu amor, auxiliando os homens em sua caminhada para a elevação espiritual e intelectual




Os Orixás na umbanda

Os Orixás Na Umbanda os Orixás são energias, forças da natureza que estão presentes em todos os lugares, influenciando as pessoas e irradiando energias que mantém o equilíbrio natural dos elementos em relação ao universo. Uma interpretação mais objetiva coloca os orixás como espíritos que progrediram muito espiritualmente, não necessitando mais do processo reencarnatório, e que para darem continuidade no seu progresso espiritual possuem como missão organizar e orientar uma rede de espíritos com menos progresso espiritual do que eles, ajudando-os a progredirem espiritualmente. Cada pessoa está ligada a um desses orixás e suas características são encontradas em seus filhos, seja na forma física ou, mais evidente, nas características psicológicas e comportamentais a qual a pessoa está relacionada. Os elementos nos quais se manifestam os orixás cultuados na umbanda são: Oxalá Onipresente, Ogum estradas e campinas, Oxóssi nas matas, Xangô pedreiras, Yorimá na Umbanda / Yorimá a linha dos Pretos Velhos, Yori na Umbanda/Yori a linha das crianças, , Iemanjá nos Mares,esses considerados o Orixás maiores,Oxum cachoeiras Iansã ventos e tempestades Obaluaê na terra, Nanã nas águas paradas e da lama dos fundos dos rios e lagos, além da água das chuvas, esses considerados Orixás menores. [editar] Sincretismo Indígeno, africano, católico, espírita, outras. A Umbanda é uma junção de elementos africanos (orixás e culto aos antepassados), indígenas (culto aos antepassados e elementos da natureza), Catolicismo (o europeu, que trouxe o cristianismo e seus santos que foram sincretizados pelos Negros Africanos), Espiritismo(fundamentos espíritas, reencarnação, lei do carma, progresso espiritual etc). A Umbanda prega a existência pacífica e o respeito ao ser humano, à natureza e a Deus. Respeitando todas as manifestações de fé, independentes da religião. Em decorrência de suas raízes, a Umbanda tem um caráter eminentemente pluralista, compreende a diversidade e valoriza a diferenças. Não há dogmas ou liturgia universalmente adotadas entre os praticantes, o que permite uma ampla liberdade de manifestação da crença e diversas formas válidas de culto. A máxima dentro da Umbanda é "Dê de graça, o que de graça recebestes: com amor, humildade, caridade e fé".




Determinações do Plano Astral


As determinações do Plano Astral, porém, deveriam cumprir-se. Em 15 de novembro de 1908, compareceu a uma sessão da Federação Espírita, em Niterói, então dirigida por José de Souza, um jovem de 17 anos de tradicional família fluminense. Chamava-se ZÉLIO FERNANDINO DE MORAES. Restabelecera-se, no dia anterior, de moléstia cuja origem os médicos haviam tentado, em vão, identificar. Sua recuperação inesperada por um espírito causara enorme supressa. Nem os doutores que o assistiam nem os tios, sacerdotes católicos, haviam encontrado explicação plausível. A família atendeu, então, à sugestão de um amigo, que se ofereceu para acompanhar o jovem Zélio à Federação. Zélio foi convidado a participar da Mesa. Zélio sentiu-se deslocado, constrangido, em meio àqueles senhores. E causou logo um pequeno tumulto. Sem saber por que, em dado momento, ele disse: "Falta uma flor nesta casa: vou buscá-la". E, apesar da advertência de que não poderia afastar-se, levantou-se, foi ao jardim e voltou com uma flor que colocou no centro da mesa. Serenado o ambiente e iniciados os trabalhos, manifestaram-se espíritos que se diziam de índios e escravos. O dirigente advertiu-os para que se retirassem. Nesse momento, Zélio sentiu-se dominado por uma força estranha e ouviu sua própria voz indagar por que não eram aceitas as mensagens dos negros e dos índios e se eram eles considerados atrasados apenas pela cor e pela classe social que declinavam. Essa observação suscitou quase um tumulto. Seguiu-se um diálogo acalorado, no qual os dirigentes dos trabalhos procuravam doutrinar o espírito desconhecido que se manifestava e mantinha argumentação segura. Afinal um dos videntes pediu que a entidade se identificasse, já que lhe aparecia envolta numa aura de luz. Se querem um nome - respondeu Zélio inteiramente mediunizado - que seja este: eu sou o CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS, porque para mim não haverá caminhos fechados. E, prosseguindo, anunciou a missão que trazia: estabelecer as bases de um culto, no qual os espíritos de índios e escravos viriam cumprir as determinações do Astral. No dia seguinte, declarou ele, estaria na residência do médium, para fundar um templo, que simbolizasse a verdadeira igualdade que deve existir entre encarnados e desencarnados. Levarei daqui uma semente e vou plantá-la no bairro de Neves, onde ela se transformará em árvore frondosa. No dia seguinte, 16 de novembro de 1908, na residência da família do jovem médium, na Rua Floriano Peixoto, 30 em Neves, bairro de Niterói, a entidade manifestou-se pontualmente no horário previsto - 20 horas. Ali se encontravam quase todos os dirigentes da Federação Espírita, amigos da família, surpresos e incrédulos, e grande número de desconhecidos que ninguém poderia dizer como haviam tomado conhecimento do ocorrido. Alguns aleijados aproximaram-se da entidade, receberam passes e, ao final da reunião, estavam curados. Foi essa uma das primeira provas da presença de uma força superior. Nessa reunião, o CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS estabeleceu as normas do culto, cuja prática seria denominada "sessão" e se realizaria à noite, das 20 às 22 horas, para atendimento público, totalmente gratuito, passes e recuperação de obsedados. O uniforme a ser usado pelos médiuns seria todo branco, de tecido simples. Não se permitiria retribuições financeiras pelo atendimento ou pelos trabalhos realizados. Os cânticos não seriam acompanhados de atabaques nem de palmas ritmadas. A esse novo culto, que se alicerçava nessa noite, a entidade deu o nome de UMBANDA, e declarou fundado o primeiro templo para sua prática, com a denominação de tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade, porque: "assim como Maria acolhe em seus braços o Filho, a Tenda acolheria os que a ela recorressem, nas horas de aflição". Através de Zélio manifestou-se, nessa mesma noite, um Preto Velho, Pai Antônio, para completar as curas de enfermos iniciadas pelo Caboclo. E foi ele quem ditou este ponto, hoje cantado no Brasil inteiro: "Chegou, chegou, chegou com Deus, Chegou, chegou, o Caboclo das sete Encruzilhadas". A partir desta data, a casa da família de Zélio tornou-se a meta de enfermos, crentes, descrentes e curiosos. Os enfermos eram curados; os descrentes assistiam as provas irrefutáveis; os curiosos constatavam a presença de uma força superior; e os crentes aumentavam dia a dia. Cinco anos mais tarde, manifestou-se o Orixá Malé, exclusivamente para a cura de obsedados e o combate aos trabalhos de magia negra. Passados dez anos, o CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS anunciou a Segunda etapa de sua missão: a fundação de sete templos, que deveriam constituir o núcleo central para a difusão da UMBANDA. A Tenda da Piedade trabalha ativamente, produzindo curas, principalmente a recuperação de obsedados, considerados loucos, na época. Já então se contavam às centenas as curas realizadas pela entidade, comentadas em todo o Estado e confirmadas pelos próprios médicos, que recorriam a Tenda, em busca da cura dos seus doentes. E o Caboclo indicava, nas relações que lhe apresentavam com nome dos enfermos, os que poderia curar: eram os obsedados, portadores de moléstias de origem psíquica; os outros, dizia ele, competia à medicina curá-los. Zélio de Moraes, já então casado, por determinação da entidade, recolhia os enfermos mais necessitados em sua residência, até o término do tratamento astral. E muitas vezes, as filhas, Zélia e Zilmeia, crianças ainda, cediam o seu aposento e dormiam em esteiras, para que os doentes fixassem bem acomodados. Nas reuniões de estudo que se realizavam às quintas-feiras , a entidade preparava os médiuns que seriam indicados, posteriormente, para dirigir os novos templos. Fundaram-se, as Tendas: Nossa Senhora da Guia - Pres. Leal de Souza, cerca de 1918, Nossa Senhora da Conceição, Santa Bárbara - Pres. João Salgado, São Pedro - Pres. José Mendes, Oxalá - Pres. Paulo Lavois, São Jorge - Guia Espiritual Ogum de Tibiri, Médium João Severino Ramos, fundada em 1935 e São Jerônimo - Pres. José Álvares Pessoa, após 1935.


O culto umbandista
A Umbanda tem como lugar de culto o templo, terreiro ou Centro, que é o local onde os Umbandistas se encontram para realização do culto aos orixás e dos seus guias, que na Umbanda se denominam giras. O chefe do culto no Centro é o Sacerdote ou Sacerdotisa (pode ser Babá, Zelador, Dirigiente, Diretor(a) de culto, Mestre(a), sempre dependendo da forma escolhida por cada casa). São os médiuns mais experientes e com maior conhecimento, normalmente fundadores do terreiro. São quem coordenam as sessões/giras e que irão incorporar o guia-chefe, que comandará a espiritualidade e a materialidade durante os trabalhos. Vale lembrar que o termo pai-de-santo ou mãe-de-santo não deve ser aplicado na religião de Umbanda, pois estes termos são oriundos do Candomblé, que é uma religião diferente da Umbanda. Como uma religião espiritualista, a ligação entre os encarnados e os desencarnados se faz por meio dos médiuns. Na Umbanda existem várias classes de médiuns, de acordo com o tipo de mediunidade. Normalmente há os médiuns de incorporação, que irão "emprestar" seus corpos para os guias e para os orixás. Há também os atabaqueiros, que transmitem a vibração da espiritualidade superior por via dos atabaques, criando um campo energético favorável à atração de determinados espíritos, sendo muitas vezes responsáveis pela harmonia da gira. Há os Corimbas, que são os que comandam os cânticos e as cambonas que são encarregadas de atender as entidades, provisionando todo o material necessário para a realização dos trabalhos. Embora caiba ao sacerdote ou à sacerdotisa responsável o comando vibratório do rito, grande importância é dada à cooperação, ao trabalho coletivo de toda a corrente mediúnica. Segundo a Umbanda, as entidades que são incorporadas pelos médiuns podem ser pretos-velhos, caboclos, boiadeiros, mineiros, crianças, marinheiros, ciganos, baianos, orientais, xamãs e exus. [editar] As sessões O culto nos terreiros é dividido em sessões de desenvolvimento e de consulta, e essas, são subdivididas em giras. Nas sessões de consulta, onde comumente podemos encontrar Pretos-Velhos, Caboclos, Ciganos… As pessoas conversam com as entidades a fim de obter ajuda e conselhos para suas vidas, curas, descarregos, e para resolver problemas espirituais diversos. As ocorrências mais comuns nessas sessões são o "passe" e o descarrego. No passe, a entidade reorganiza o campo energético astral da pessoa, energizando-a e retirando toda a parte fluídica negativa que nela possa estar. O descarrego é feito com o auxílio de um médium, o qual irá captar a energia negativa da pessoa e a transferir para os assentamentos ou fundamentos do terreiro que contém elementos dissipadores dessas energias. Também a entidade faz com que essa energia seja deslocada para o astral. Caso seja um obsessor, o espírito obsediador é retirado e encaminhado para tratamento ou para um lugar mais adequado no astral inferior caso ele não aceite a luz que lhe é dada. Nesses casos pode ser necessária a presença de um ou mais Exus (um gênero de espírito desencarnado) para auxiliar a desobsessão. Os dias de Consulta e/ou Desenvolvimento podem variar de casa para casa, de Linha Doutrinária para Linha Doutrinária. Nos dias de consulta há o atendimento da assistência e nos dias de desenvolvimento há as giras médiunicas, que são fechadas à assistência, onde os sacerdotes educam e ensinam os mecanismos próprios da mediunidade.




Médiuns

Médium é toda pessoa que, segundo a Doutrina Espírita, que tem a capacidade de se comunicar com entidades desencarnadas ou espíritos, seja pela mecânica da incorporação, pela vidência (ver), pela audiência (ouvir) ou pela psicografia (escrever movido pelos espíritos). A Umbanda crê que o médium tem o compromisso de servir como um instrumento de guias ou entidades espirituais superiores. Para tanto, deve se preparar através do estudo, desenvolvendo a sua mediunidade, sempre prezando a elevação moral e espiritual, a aprendizagem conceitual e prática da Umbanda, respeitar os guias e orixás; ter assiduidade e compromisso com sua casa, ter caridade em seu coração, amor e fé em sua mente e espírito, e saber que a Umbanda é uma prática que deve ser vivenciada no dia-a-dia, e não apenas no terreiro. Uma das regras básicas da umbanda é que a mediunidade não deve ser vista ou vivenciada vaidosamente como um dom ou poder maior concedido ao médium, segundo os umbandistas, mas sim como um compromisso e uma oportunidade que lhe foi dada para resgate kármico e expiação de faltas pregressas antes mesmo da pessoa reencarnar. Por isso não deve ser encarada como um fardo ou como uma forma de ganhar dinheiro, mas como uma oportunidade valiosa para praticar o bem e a caridade. Existe médiuns que acabam distorcendo o verdadeiro papel que lhes foi dado e se envaidecem, agindo de forma leviana em suas vidas. O médium deve tangir sua vida como sendo um mensageiro de Deus, dos orixás e guias. Ter um comportamento moral e profissional dignos, ser honesto e íntegro em suas atitudes, pois do contrário acaba atraindo forças negativas, obsessores ou espíritos revoltados que vagam pelo mundo espiritual atrás de encarnados desequilibrados que estejam na mesma faixa vibracional que eles. Por isso, desenvolver a mediunidade é um processo que deve ser encarado de forma séria e regido através de um profundo estudo da religião, e seguido por conceitos morais e éticos. Ser orientado e iniciado por uma casa que pratica o bem é essencial. As pessoas que são médiuns devem levar sempre a sério sua missão, ter muito amor e dar valor ao que fazem, tendo sempre boa-vontade nos trabalhos de seu terreiro e na vida diária. O médium deve tomar, sempre que necessário, os banhos de descarrego adequados aos seus orixás e guias, estar pontualmente no terreiro com sua roupa sempre limpa, conversar sempre com o chefe espiritual do terreiro quando estiver com alguma dúvida, problema espiritual ou material. Sobre o estudo da mediunidade e do médium, pode-se utilizar como fonte para estudos a relação que existe abaixo, no item "Literatura Umbandista". Alguns terreiros utilizam-se das obras Espíritas (codificadas por Allan Kardec), mas a maioria segue as orientações da literatura umbandista que é prolífica nas discussões teóricas e nas orientações práticas. Há livros umbandistas a partir da década de 1930.




Polêmicas dentro das casas de umbanda
Sacrifício ritual de animais Existem várias ramificações dentro da Religião de Umbanda entretanto na umbanda não se usa o sacrifício de animais em hipótese alguma. Esta prática está ligada a algumas linhas que ainda cultuam junto com a umbanda alguns rituais de religiões afro-brasileiras. Apesar da umbanda ser bastante ramificada, denominamos traçada - alusão ao sincretismo com o candomblé - a umbanda que ainda carrega em seus cultos o sacrifício de animais. Em suma, qualquer ritual onde se pratica a imolação animal não deve utilizar o nome "Umbanda". [editar] Uso de bebidas alcoólicas Também encontramos terreiros dos seguintes tipos: Os que as entidades incorporadas não usam bebidas (muitas vezes por questão do próprio médium não estar preparado para este tipo de trabalho com bebida) criando uma espécie de tabu; Os que elas bebem durante os trabalhos (tanto os que fazem o uso correto deste elemento, como os que abusam); Os que usam bebida em situações mais veladas (existindo um certo rigor quanto a sua utilização, buscando coibir abusos de médiuns ainda em preparação). Toda essa controvérsia é gerada pelo uso que as pessoas fazem das bebidas alcoólicas na vida diária, muitas vezes caindo no vício do alcoolismo, trazendo consequências graves para sua vida material e espiritual. Ocorre que médiuns predispostos ao vício podem, ao invés de atraírem espíritos de luz, afinizarem-se com espíritos de viciados que já morreram - esses espíritos serão obsessores dessa pessoa, uma vez que ela satisfaz seus desejos materialistas. Note-se que o álcool é um elemento usado na magia para trabalhos para o bem; abusos nunca são tolerados e exibicionismo não são sinais de incorporações de luz. Existem casas que, por ordem do mentor espiritual, nunca usaram ou deixaram de utilizar o fumo, assim como a bebida alcoólica, sem que por isso, tivessem qualquer problema com as entidades que, por ventura, utilizavam esses elementos. Afinal, os espíritos podem se adaptar e mudar a forma de trabalhar de acordo com o fundamento de cada instituição. É importante ressaltar, ainda, que quanto menos o espírito utilizar materiais terrenos melhor. Eles podem trabalhar com elementos bastante etéreos e tão eficazes quanto os fluidos do próprio médium.




Uso de bebidas alcoólicas
Também encontramos terreiros dos seguintes tipos: Os que as entidades incorporadas não usam bebidas (muitas vezes por questão do próprio médium não estar preparado para este tipo de trabalho com bebida) criando uma espécie de tabu; Os que elas bebem durante os trabalhos (tanto os que fazem o uso correto deste elemento, como os que abusam); Os que usam bebida em situações mais veladas (existindo um certo rigor quanto a sua utilização, buscando coibir abusos de médiuns ainda em preparação). Toda essa controvérsia é gerada pelo uso que as pessoas fazem das bebidas alcoólicas na vida diária, muitas vezes caindo no vício do alcoolismo, trazendo consequências graves para sua vida material e espiritual. Ocorre que médiuns predispostos ao vício podem, ao invés de atraírem espíritos de luz, afinizarem-se com espíritos de viciados que já morreram - esses espíritos serão obsessores dessa pessoa, uma vez que ela satisfaz seus desejos materialistas. Note-se que o álcool é um elemento usado na magia para trabalhos para o bem; abusos nunca são tolerados e exibicionismo não são sinais de incorporações de luz. Existem casas que, por ordem do mentor espiritual, nunca usaram ou deixaram de utilizar o fumo, assim como a bebida alcoólica, sem que por isso, tivessem qualquer problema com as entidades que, por ventura, utilizavam esses elementos. Afinal, os espíritos podem se adaptar e mudar a forma de trabalhar de acordo com o fundamento de cada instituição. É importante ressaltar, ainda, que quanto menos o espírito utilizar materiais terrenos melhor. Eles podem trabalhar com elementos bastante etéreos e tão eficazes quanto os fluidos do próprio médium.


Postado pelo grupo boiadeiro rei

Um comentário:

LORY disse...

Parabéns pelo blog, está sendo de muita valia para mim e minha família, pois estamos iniciando nossa vida espiritual e com muitas dúvidas e questionamentos. Que Oxalá os protejam sempre e permita que tenham sempre saúde, paz, harminia e força para postar informações da nossa querida Umbanda.
Abraços!
Lory - Foz do Iguaçu - Pr