Agradeço meu Deus, em minha prece enternecida, as almas boas que me deste a vida, no campo da afeição.
Agradeço os amigos que me emprestas, que me toleram falhas e defeitos e equilibram-me os passos imperfeitos, dando-me paz e luz ao coração.
Agradeço-Te, ó Pai, a sensação confortadora e amena com que a palavra deles me asserena em meus dias de dor e o silêncio que fazem para as lutas de que é preciso para burilar-me, enxugando-me o pranto sem alarme pela bênção do amor.
Agradeço o socorro que me trazem, mostrando o desapego nobre e raro pra que eu seja apoio ao desamparo, esperança de alguém e a caridade com que me estimulam a ser trabalho, benção, alegria, aprendendo a viver, dia por dia, nos domínios do bem.
Por toda a santa generosidade, da estima doce e pura, de quantos recebem sem censura, ternos amigos meus, eis-me ao sol da oração, para dizer-Te, ó pai do infinito universo na singela pureza do meu verso, obrigado, meu Deus.
Chico Xavier
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