Um dos mais temidos Orixás, comanda as doenças e, conseqüentemente, a saúde.
Assim como sua mãe Nanã, tem profunda relação com a morte.
Tem o rosto e o corpo cobertos de palha da costa ,
em algumas lendas para esconder as marcas da varíola,
em outras já curado não poderia ser olhado de frente por ser o próprio brilho do sol.
Seu símbolo é o Xaxárá - um feixe de ramos de palmeira enfeitado com búzios.
Suas cores são vermelho, preto e branco e seu dia é a segunda-feira.
Sua saudação é ATÔTÔ ! (silêncio).
LENDA
Xapanã, originário de Tapa,
leva seus guerreiros para uma expedição aos quatro cantos da terra.
Uma pessoa ferida por suas flechas ficava cega, surda ou manca,
Obaluaê-Xapanã chega ao território de Mahi no norte de Daomé,
matando e dizimando todos os seus inimigos
e começa a destruir tudo o que encontra a sua frente.
Os Mahis foram consultar um Babalaô
e o mesmo ensinou-os como fazer para acalmar Xapanã.
O Babalaô diz que estes deveriam trata-lo com pipocas,
que isso iria tranqüiliza-lo, e foi o que aconteceu.
Xapanã tornou-se dócil.
Xapanã contente com as atenções recebidas
mandou construir um palácio onde foi viver e não mais voltou ao país Empê.
O Mahi prosperou e tudo se acalmou.
Xapanã continua sendo saudado como rei de Nupê e pai em Empê.
LENDA
Orixá da cura, continuidade e da existência !!!
Chegando de viagem à aldeia onde nascera,
Obaluaiê viu que estava acontecendo uma festa com a presença de todos os orixás.
Obaluaiê não podia entrar na festa,
devido à sua medonha aparência.
Então ficou espreitando pelas frestas do terreiro.
Ogum, ao perceber a angústia do Orixá,
cobriu-o com uma roupa de palha,
com um capuz que ocultava seu rosto doente,
e convidou-o a entrar e aproveitar a alegria dos festejos.
Apesar de envergonhado,
Obaluaiê entrou,
mas ninguém se aproximava dele.
Iansã tudo acompanhava com o rabo do olho.
Ela compreendia a triste situação de Obaluaiê e dele se compadecia.
Iansã esperou que ele estivesse bem no centro do barracão.
O xirê (festa, dança, brincadeira) estava animado.
Os orixás dançavam alegremente com suas equedes.
Iansã chegou então bem perto dele
e soprou suas roupas de palha com seu vento.
Nesse momento de encanto e ventania,
as feridas de Obaluaiê pularam para o alto,
transformadas numa chuva de pipocas,
que se espalharam brancas pelo barracão.
Obaluaiê, o deus das doenças,
transformara-se num jovem belo e encantador.
Obaluaiê e Iansã Igbalé tornaram-se grandes amigos
e reinaram juntos sobre o mundo dos espíritos dos mortos,
partilhando o poder único de abrir e interromper as demandas dos mortos sobre os homens.
Fonte: http://cingaragypsy.spaces.live.com/blog
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