São Cosme e Damião, os santos gêmeos, nasceram na Arábia, no século III, filhos de uma família nobre.
Estudaram medicina na Síria e depois foram praticá-la em Egéia.
Circunstancialmente entraram em contato com o Cristianismo, tornando-se fervorosos seguidores do cristianismo.
Confiando sempre no poder da oração e na confiança da providência divina usaram sua arte médica para curar os necessitados.
Não cobravam por seus serviços médicos, e por esse motivo eram chamados de “anárgiros”, ou seja, aqueles que “não são comprados por dinheiro”.
O seu objetivo principal era a conversão dos pagãos à fé cristã, o que bem faziam através da prática da medicina.
Desta forma, conseguiram plantar em terra fértil a semente cristã em muitos corações, sendo numerosas as conversões.
Cosme e Damião viveram alguns anos como médicos e missionários na Ásia Menor.
As atividades cristãs dos médicos gêmeos chamaram a atenção das autoridades locais da época, justamente quando o Imperador romano, Diocleciano, autoriza a perseguição aos cristãos, por volta do ano 300.
Por pregarem o cristianismo em detrimento dos deuses pagãos, foram presos e levados a tribunal e acusados de se entregarem à prática de feitiçarias e de usar meios diabólicos para disfarçar as curas que realizavam.
Ao serem questionados quanto as suas atividades, São Cosme e São Damião responderam: “Nós curamos as doenças em nome de Jesus Cristo e pelo seu poder”.
Recusando-se adorar os deuses pagãos, apesar das ameaças de serem torturados, disseram ao governador que os seus deuses pagãos não tinham poder algum sobre eles, e que eles só adorariam o Deus Único, Criador do Céu e da Terra“!
Por não renunciarem aos princípios religiosos cristãos sofreram terríveis torturas; porém, elas foram inúteis contra os santos gêmeos, e, em 303, o Imperador decretou que fossem decapitados.
Cosme e Damião foram martirizados no ano de 303, na Egéia.
Seus restos mortais foram transportados para a cidade de Cira, na Síria, e depositados numa igreja a eles consagrada.
No século VI uma parte das relíquias foi levada para Roma e depositada na igreja que adotou o nome dos santos.
Outra parte dela foi guardada no altar-mor da igreja de São Miguel, em Munique, na Baviera.
Os santos gêmeos são cultuados em toda a Europa, especialmente Itália, França, Espanha e Portugal.
Em 1530, na cidade de Igaraçu, em Pernambuco, foi construída uma igreja em sua homenagem.
São Cosme e Damião são venerados como padroeiros dos médicos e farmacêuticos, e por causa da sua simplicidade e inocência também são invocados como protetores das crianças.
Como acontece com tantos outros santos, a vida dos santos gêmeos está mergulhada em lendas misturadas à história real.
Segundo algumas fontes eles eram árabes e viveram na Silícia, às margens do Mediterrâneo, por volta do ano 283.
Praticavam a medicina e curavam pessoas e animais, sem nunca cobrar nada.
O culto aos dois irmãos é muito antigo, havendo registros sobre eles desde o século 5, que relatam a existência, em certas igrejas, de um óleo santo, que lhes levava o nome, que tinha o poder de curar doenças e dar filhos às mulheres estéreis.
Aqui no Brasil, a devoção trazida pelos portugueses misturou-se com o culto aos orixás-meninos (Ibjis ou Erês) da tradição africana yoruba.
São Cosme e São Damião, os santos mabaças ou gêmeos, são tão populares quanto Santo Antônio e São João.
São amplamente festejados na Bahia e no Rio de Janeiro, onde sua festa ganha a rua e adentra aos barracões de candomblé e terreiros de umbanda, no dia 27.
No dia 27 as crianças saem às ruas para pedir doces e esmolas em nome dos santos e, as famílias aproveitam para fazer um grande almoço, servindo a comida típica da data: o chamado caruru dos meninos.
Segundo a lenda africana, os orixás-crianças são filhos de Iemanjá, a rainha das águas e de Oxalá, o pai de toda a criação.
Outras tradições atribuem a paternidade dos mabaças (gêmeos) a Xangô, tanto que a comida servida aos Ibejís ou Erês, chamados também carinhosamente de “crianças” é a mesma que é oferecida a Xangô, o senhor dos raios, o caruru.
Uma característica marcante na Umbanda e no Candomblé em relação às representações de São Cosme e São Damião é que junto aos dois santos católicos aparece uma criancinha vestida igual a eles.
Essa criança é chamada de Doúm ou Idowu, que personifica as crianças com idade de até sete (7) anos de idade, sendo ele o protetor das crianças nessa faixa de idade.
Junto com o caruru são servidas também as comidas de cada orixá, e enquanto as crianças se deliciam com a iguaria sagrada, à sua volta, os adultos cantam cânticos sagrados (oríns) aos orixás.
Ele foi doutor, ele me curou, ele me curou
Numa brincadeira que ele brincou, que ele brincou
Eram três crianças eu me lembro bem
O terreiro em festa eu me lembro bem
Vieram de um a um
Eram Cosme, Damião e Doum.
Onibeijada !!!
Saravá Umbanda !!!
Saudação: Erê.
Habitat: jardins, praças floridas, parques de diversão.
Essências: flor de maçã, camomila, miosótis.
Elemento: sentimento de alegria e paz.
Cor: azul claro e/ou rosa e branco.
Dia: domingo.
Local de Trabalho: jardins, praças floridas, parques de diversão.
Flores: palmas cor-de-rosa, monsenhor cor-de-rosa.
Guia: 134 contas, sendo 67 brancas e 67 rosas. Dispor 1 branca, 1 rosa, etc.
Firma conforme a vibração originária. Praia: azul claro; Mata: verde; Cachoeira: amarela; Poeira: azul escuro; etc.
Libação: água com açucar, guaraná ou qualquer outro refrigerante.
Fita: azul claro, rosa, amarela, branca.
Pedras: quartzo rosa, turmalina rosa (rubelita), rodocrosita
Metal: da vibração originária.
Saúde: dores de cabeça, dores musculares e vômitos.
Objetivo: casamentos, gravidez, boas vendas
Vela: branca, azul clara e/ou rosa.
Ervas: cambará; caruru; maracujá. Amalá: manjar, doces, cocadas
Cozinha Ritualística - Nas giras festivas de Ibeijada, normalmente há farta distribuição de doces, bolos e balas à assistência. Tradicionalmente, não devem faltar o manjar e as cocadas brancas. Obrigação: 7 velas rosas; 1 guaraná; 1 pacote de balas de coco; 1 vidro de mel; 1 prato branco virgem; 1 copo com água mineral; 7 rosas cor-de-rosa; fósforos; pano rosa
FONTE: http://www.umbanda.amovoce.net/
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