quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Hoje é Dia de Nossa Senhora dos Navegantes - Iemanjá

Repassando ...

 

Mensagem: Hoje é Dia de Nossa Senhora dos Navegantes - Iemanjá

Nossa Senhora dos Navegantes (Nossa Senhora das Candeias)


Consta que o início da devoção à Nossa Senhora dos Navegantes originou-se na Idade Média por ocasião das Cruzadas, quando os cristãos invocavam a proteção de Maria Santíssima. Sob o título de "Estrela do Mar", rogavam sua proteção os cruzados que faziam a travessia pelo Mar Mediterrâneo em direção à Palestina.


É a padroeira não só dos navegantes, mas também de todos os viajantes. Tal tradição foi mantida entre os marítimos e foi difundida pelos navegadores portugueses e espanhóis, disseminando-se entre os pescadores litorâneos principalmente nas terras colonizadas pela Espanha e Portugal. As conseqüências foram a multiplicação de capelas, igrejas e santuários nas regiões pesqueiras, particularmente no Sul do Brasil, onde a concentração de cidades que a veneram como padroeira é significativamente expressiva.


A estátua de Nossa Senhora dos Navegantes foi trazida pelos portugueses no século XVIII,em uma das viagens feitas de Portugal para o Brasil. O dia do ano dedicado a Nossa Senhora dos Navegantes é 2 de fevereiro.


A designação Nossa Senhora dos Navegantes, originou-se no século XV, com a navegação dos europeus, especialmente dos portugueses.


Aqueles que viajavam, pediam proteção à Nossa Senhora, para retornarem salvos à pátria.


O simbolismo da mulher corajosa e orientadora dos viajantes, fez com que Maria fosse vista como uma eterna vencedora dos inimigos das tempestades.


Costuma-se festejar o dia que lhe é dedicado, com uma grande procissão fluvial no Brasil.


Também conhecida pelos devotos como festa de Nossa Senhora das Candeias é comemorada desde o século IV, substituindo os ritos pré-cristãos da fertilidade.


Candeias são pequenos aparelhos de iluminação, suspensos por um prego, com recipientes de folha-de-flandres, barro, ou outro material, abastecidos com óleo, no qual se embebe uma torcida.


Segundo a lei mosaica, todo filho varão deve ser apresentado no Templo após quarenta dias do seu nascimento, onde a mãe é submetida a um ritual de purificação.Nossa Senhora se submeteu a essa lei, apresentando o menino Jesus no Templo Sagrado.


Esta festividade dos luzeiros foi denominada "Candeias", porque ainda hoje percorre-se o caminho que Maria fez até o Templo. Os fiéis seguem em procissão, levando nas mãos velas acessas.


Nossa Senhora das Candeias é a padroeira dos alfaiates e das costureiras.



Oração a Nossa Senhora dos Navegantes


Ó Nossa Senhora dos Navegantes,


Mãe de Deus,


Criador do céu, da terra, dos rios, dos lagos e dos mares.


Protegei-me em todas as minhas viagens,


Dos ventos, tempestades, borrascas,


Raios e ressacas para que não perturbem minha viagem,


E que nenhum incidente ou imprevisto cause alteração,


Ou atrase a minha viagem,


Nem me desvie da rota traçada.


Virgem Maria,


Senhora dos Navegantes,


Minha vida é uma travessia de um mar turbulento.


As tentações, os fracassos e as desilusões


São ondas impetuosas,


Que ameaçam afundar minha frágil embarcação


No abismo do desânimo e do desespero.


Nossa Senhora dos Navegantes,


Nas horas de perigo eu penso em vós.


O medo desaparece,


O ânimo, a disposição de lutar


E de vencer fortalecem-me.


Com a vossa proteção e a bênção de seu filho.


A embarcação da minha vida há de ancorar segura


E tranqüila no porto da eternidade.


Nossa Senhora dos Navegantes,


Rogai por nós,


Amém.




Iemanjá

Iemanjá (yemanjá), a Rainha do Mar, mãe de quase todos os orixás, é exaltada por negros e brancos. Iemanjá, possui vários nomes: sereia do mar, princesa do mar, rainha do mar, Inaé, Mucunã, Dandalunda, Janaína, Marabô, Princesa de Aiocá, Sereia, Maria, Dona Iemanjá; dependendo de cada região, mas sua origem vem da África. "A Iemanjá brasileira é resultado da miscigenação de elementos europeus, ameríndios e africanos".


"Afrodite brasileira", Iemanjá é a padroeira dos amores e muito solicitada em casos de desafetos, paixões conflituosas, desejos de vinganças, tudo pode ser conseguido caso ela consinta. Iemanjá exerce fascínio nos homens, sua beleza é o esteriótipo da beleza feminina: Longos cabelos negros, feições delicadas, corpo escultural e muito vaidosa.


Têm poderes sobre todos aqueles que entram em seu domínio, o mar. Venerada e respeitada por pescadores e todos aqueles que vivem no mar, pois a vida dessas pessoas estão em suas mãos, segunda a lenda é ela quem decide o destino das pessoas que adentram seu império: enseadas, golfos e baías. Dona de poderes, a tranquilidade do mar ou as tempestades estão sob o seu domínio.


No sincretismo religioso, Iemanjá tem identidade correspondente a outros santos, como na igreja católica é Nossa Senhora de Candeias, Nossa Senhora dos Navegantes, Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora da Piedade e a Virgem Maria.


Em cada lugar do Brasil Iemanjá é festejada, mas as datas diferem de um lugar para outro. No Rio de Janeiro seu culto é festejado no dia 31 de Dezembro, junto à passagem de ano, onde os devotos oferecem oferendas: Velas, espelhos, pentes, flores, sabonetes e perfumes... na esperança de que ela leve todas as tristezas, problemas e aflições para o fundo do mar e traga dias melhores. Na Bahia sua data é comemorada no dia de Nossa Senhora das Candeias, 2 de fevereiro. Venerada nos Candomblés da Bahia, recebe muitas homenagens e oferendas.


Iemanjá também é conhecida como deusa lunar, rege os ciclos da natureza que estão ligados a água e caracteriza a "Mudança", na qual toda mulher é submetida devido a influência dos ciclos da lua.


Mãe de quase todos os órixas, é a deusa da compaixão, do perdão e do amor incondicional.


Casada com Oxalá, Iemanjá é o arquétipo da maternidade. Outras vezes Iemanjá continua bela, mas pode apresentar-se como a Iara, metade mulher, metade peixe, as sereias dos candomblés do caboclo.


Nota: Em Cuba, Yemayá também possui as cores azul e branca, é uma rainha do mar negra, assume o nome cristão de La Virgen de la Regla e faz parte da Santeria como santa padroeira dos portos de Havana.


MITOLOGIA - LENDA (Arthur Ramos)


















Com o casamento de Obatalá, o Céu, com Odudua, a Terra, que se iniciam as peripécias dos deuses africanos. Dessa união nasceram Aganju, a Terra, e Iemanjá (yeye ma ajá = mãe cujos filhos são peixes), a Água. Como em outras antigas mitologias, a terra e a água se unem. Iemanjá desposa o seu irmão Aganju e tem um filho, Orungã.


Orungã, o Édipo africano, representante de um motivo universal, apaixona-se por sua mãe, que procura fugir de seus ímpetos arrebatados. Mas Orungã não pode renunciar àquela paixão insopitável. Aproveita-se, certo dia, da ausência de Aganju, o pai, e decide-se a violentar Iemanjá. Essa foge e põe-se a correr, perseguida por Orungã. Ia esse quase alcançá-la quando Iemanjá cai no chão, de costas e morre. Imediatamente seu corpo começa a dilatar-se. Dos enormes seios brotaram duas correntes de água que se reúnem mais adiante até formar um grande lago. E do ventre desmesurado, que se rompe, nascem os seguintes deuses: Dadá, deus dos vegetais; Xango, deus do trovão; Ogum, deus do ferro e da guerra; Olokum, deus do mar; Oloxá, deusa dos lagos; Oiá, deusa do rio Niger; Oxum, deusa do rio Oxum; Obá, deusa do rio Obá; Orixá Okô, deusa da agricultura; Oxóssi, deus dos caçadores; Oké, deus dos montes; Ajê Xaluga, deus da riqueza; Xapanã (Shankpannã), deus da varíola; Orum, o Sol; Oxu, a Lua.


Os orixás que sobreviveram no Brasil foram: Obatalá (Oxalá), Iemanjá (por extensão, outras deusas-mães) e Xango (por extensão, os outros orixás fálicos).


Com Iemanjá, vieram mais dois orixás yorubanos, Oxum e Anamburucu (Nanamburucu). Em nosso país houve uma forte confluência mítica: com as Deusas-Mães, sereias do paganismo supérstite europeu, as Nossas Senhoras católicas, as iaras ameríndias.


A Lenda tem um simbolismo muito significativo, contando-nos que da reunião de Obatalá e Odudua (fundaram o Aiê, o "mundo em forma"), surgiu uma poderosa energia, ligada desde o princípio ao elemento líquido. Esse Poder ficou conhecido pelo nome de Iemanjá.


Durante os milhões de anos que se seguiram, antigas e novas divindades foram unindo-se à famosa Orixá das águas, como foi o caso de Omolu, que era filho de Nanã, mas foi criado por Iemanjá.


Antes disso, Iemanjá dedicava-se à criação de peixes e ornamentos aquáticos, vivendo em um rio que levava seu nome e banhava as terras da nação de Egbá.


Quando convocada pelos soberanos, Iemanjá foi até o rio Ogun e de lá partiu para o centro de Aiê para receber seu emblema de autoridade: o abebé (leque prateado em forma de peixe com o cabo a partir da cauda), uma insígnia real que lhe conferiu amplo poder de atuar sobre todos os rios, mares, e oceanos e também dos leitos onde as massas de águas se assentam e se acomodam.


Obatalá e Odudua, seus pais, estavam presentes no cerimonial e orgulhosos pela força e vigor da filha, ofereceram para a nova Majestade das Águas, uma jóia de significativo valor: a Lua, um corpo celeste de existência solitária que buscava companhia. Agradecida aos pais, Iemanjá nunca mais retirou de seu dedo mínimo o mágico e resplandecente adorno de quatro faces. A Lua, por sua vez, adorou a companhia real, mas continuou seu caminho, ora crescente, ora minguante..., mas sempre cheia de amor para ofertar.


A bondosa mãe Iemanjá, adorava dar presentes e ofereceu para Oiá o rio Níger com sua embocadura de nove vertentes; para Oxum, dona das minas de ouro, deu o rio Oxum; para Ogum o direito de fazer encantamentos em todas as praias, rios e lagos, apelidando-o de Ogum-Beira-mar, Ogum-Sete-ondas entre outros.


Muitos foram os lagos e rios presenteados pela mãe Iemanjá a seus filhos, mas quanto mais ofertava, mais recebia de volta. Aqui se subtrai o ensinamento de que "é dando que se recebe".


Fonte: Deusa Iemanjá

 
Meu respeito e admiração pela cultura e a crença.

Saudação à Iemanjá, a Rainha do Mar: Odô-fe-iaba! Odô-fe-iaba! Odô-fe-iaba!




Iemanjá


Significado: iya; mãe. Omo; filho. Eja, peixe


Dia da semana: Sábado


Cores: branco e azul (cristal translúcido)


Saudação: O doiá! (odo, rio)


Elemento: água


Domínio: mar, água salgada


Instrumento: abebê (espelho)


Iemanjá é proveniente de uma nação chamada Egbá, na Nigéria, onde existe um rio com o mesmo nome deste orixá.


Ela seria filha de Olokum (mar) e mãe da maioria dos Orixás. Sua cor é branca, associada ao orixá Oxalá e juntos teriam feito a criação do mundo.


Na África, Iemanjá é associada à fertilidade e fecundidade.


Nas danças míticas, seus iniciados imitam o movimento das ondas executando curiosos gestos, ora como se estivessem nadan¬do no mar, abrindo os braços, ora levando as mãos à testa e ele¬vando-as ao céu, indicando as variações das ondas do mar.


Iemanjá segura um leque de metal e um espelho. Tem diversos nomes (ou qualidades) referentes à diversidade e às diferentes profundidades dos trechos do rio "Yemoja".


Iemanjá representa a criação efetivada. O seu leque, chamado abebê, tem em seu centro um recorte, onde surge o desenho de uma sereia. Em outros modelos deste apetrecho, constam a lua e a estrela.


Complacente e pródiga, é responsável pela pescaria farta, além da vida com abundância de alimentos. Ela não lembra a volúpia das sereias das lendas européias ou a Iara dos mitos indígenas, mas é representada e cultuada com muito respeito, pois é a mãe da criação.


Salve Iemanjá, Rainha do Mar...

Um comentário:

Boiadeiro Rei disse...

O site correto do Boiadeiro Rei, da onde foi repassado a mensagem de nossa senhora dos navegantes, é http://grupoboiadeirorei.blogspot.com e http://br.groups.yahoo.com/group/boiadeirorei

Muito Obrigado, Grupo Boiadeiro Rei